sábado, 1 de dezembro de 2012

Sem rumo

Quando as ideias não fluem e a mente trava.
Quando tudo gira a sua volta, menos você mesmo.
Quando nem sequer usando o máximo de sua força consegue mover o minimo do ambiente a sua volta.

O sentimento de impotência e fraqueza, a sensação de que tudo é mais forte do que você e está apenas alheio sendo levado de um lado a outro como um toco no meio do mar.


Welcome back to zetsubou!

A mente humana nos leva a todos os lugares possíveis e imagináveis, mas é quando estamos em um ápice de uma sensação que a verdadeira psicodelía vem a tona. Antes disso nada tem valor suficiente para ser relatado, são apenas fatos do cotidiano misturados e batidos, sem querer nos dizer nada.

Sonhei hoje, mas não um sonho normal e sim um sonho que parece continuação de algo.
Muitas partes se perderam, mas andava por lugares que não me eram familiares a inicio, mas depois percebia que eram lugares da minha mente os quais idealizei mas nunca construi de verdade. É engraçado quando sua própria mente te aconselha, te ensina coisas malucas e no final tenta te matar.

Vale mencionar o momento com a garota lésbica e sua filha.
Hacker com a cara da professora que menos gosto andando em uma espécie de triciclo bizarro que não sei como funciona aparece a garota punk que por algum motivo sei que é lésbica e sentamos em uma mesa de algo que parece um daqueles cafés americanos e conversamos por um tempo sobre assuntos tecnicos de computação, o que não faz sentido nenhum, covenhamos.
Seguido disso, no momento de ir embora ganho uma aula sobre espadas e o conselho "Só não se torne um desses maníacos que pega uma dessas e sai matando todos a sua volta em um momento de estresse extremo". Aquilo me assustou por um instante, mas também me fez ficar pensativo.
Ao final do sonho peguei carona com elas, em um carro enquanto a garota andava em sua pseudo moto ao lado, fazendo caretas e gracinhas. Um rapaz passa ao lado da moto e passa uma cantada a garota lésbica, o que deixa a filha em fúria incontrolável e ela faz algo que ja tinha experienciado antes. Até aquele momento não tinha percebido, mas aquela garota, a filha, ja esteve em um sonho meu e terminou de forma parecida quando ela irresponsavelmente começa a cruzar e costurar a tudo e todos com o carro para tentar alcançar o sujeito que desrespeitou a mãe. Depois de quase atropelar rapaz perde o controle do carro e o bate de frente com um outro.
De alguma forma eu sai ileso, consegui pular fora do carro um pouco antes, sentindo o perigo que estava para vir. A adrenalina subiu e em poucos instantes minha visão ficou totalmente branca e eu com medo de ser atropelado por algum carro no meio da via.

Aparentemente é só mais um sonho louco, mas lembrei de experiências pessoais com isso, como o dia que fui atropelado e tudo que ja me perguntei e questionei. A minha mente me alerta que meu cíume me desgoverna e pode causar acidentes irreparáveis ou até o fim da vida de alguém ou algumas pessoas, não necessariamente o fim literal, mas o fim de alguma forma. E no fim sou aquele louco que não deve andar com uma espada na mão em meio as pessoas. Alguns vão tentar aconselhar, mas não tem muito que se possa fazer.

No fim aceite a si mesmo, aceite que é esse quebrado que vê no espelho e tente fazer algo a respeito para mudar isso.

You're messed up like no one are. Keep away from people and never think that you can trust then... It's a trap, you're really messed up and no one can stand this.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

What did i do to deserve this?

The pigeon superstition

Inerte como uma estátua, estatelado ao chão com os olhos vazios a focar o nada. Frio como gelo e pálido como a neve. Lentamente começo a tomar consciência do mundo a minha volta, como se tudo fosse ganhando suas formas e focalizando na vista antes embasada.
Ainda zonzo não ouso me mover, e aos poucos começo a sentir o resto do corpo. Tudo ainda gira e a memória está levemente entorpecida, presa dentro de uma névoa que não permite discernir direito o passado ou distinguir a realidade do imaginário.

A medida que os nervos e terminações vão se ativando pequenos espasmos percorrem meu corpo, uma leve e doce dor sobe pela minha coluna. Os olhos ainda presos ao nada tentam enxergar, mas sem sucesso. Sem forças para me mexer sinto um peso sob os ombros que vagarosamente vai se desmanchando, não dói, apenas é suave demais, quase saboroso, e por isso mesmo estranho.
Neste momento sou meu observador, como um transeunte que para para admirar uma mancha negra no chão. Me vejo, e do alto não pareço uma boa visão.
O ambiente escuro, as luzes a rodopiar, os ossos retorcidos, o corpo inerte... Se fosse capaz de olhar para o lado poderia ver a poça que se formava e já coagulava à minha volta. Mas sinto! Sinto tudo isso a minha volta como se observasse e como se vivenciasse. O fluir vagaroso e suave da vida em uma nascente vermelha, a dor forte e angustiante no peito contrastando as sensações. Me confundindo e esclarecendo ao mesmo tempo.

O peso diminui, a sensação de não sentir aumenta, quase como o estado anterior de inconsciência, mas agora com a certeza de que será definitivo.
Não sinto medo. Sinto prazer! Chegando e indo, animando como nunca antes tinha sentido me animar. Se o coração pudesse estaria disparado de excitação no momento, pois uma sensação nova despertava e novos olhos viam as coisas, mesmo que os olhos reais não se movimentem.
Umas gramas a mais do peso se vai, e com isso a mente se abre um pouco mais. A sensação de falsa liberdade começa a tomar conta do corpo e logo o velho hábito se dispara:

"What did I do to deserve this?"

Não revoltado e nem insatisfeito... Apenas a sensação estranha de que o alívio está próximo e a perspectiva de viver sem dor o assusta mais do que a dor em si o angustia. Depois de tanta coisa saindo dos eixos o que teria feito para merecer tal recompensa?

Só um pensamento: What did i do to deserve this?



PS: Essencialmente egoísta.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pilares

Passamos a vida inteira buscando um objetivo e um rumo para nos guiarmos, mas no fim, o que encontramos?
Pilares da vida são construídos e destruídos com o passar dos anos, outros são remendados e reformados e alguns  ficam esquecidos para a eternidade do limbo das ideias.
Ainda assim não se encontra a resposta.

Quando crianças pensamos nas nossas obrigações e deveres, que temos uma prestação de contas, uma satisfação a dar para algum superior,  e essa ideia se reflete por toda a vida até chegar a idade adulta. Sempre existe um superior a quem devemos prestar contas. Quão solitário deve ser o lugar mais alto do trono das hierarquias. Onde ninguém o alcança e não tem para quem olhar para procurar, apenas muitos por quem zelar.

Chega o dia em que a criança percebe que não necessariamente precisa dar todas as satisfações de cada passo aos pais, que não precisa viver a vida pré estipulada em que ele é apenas o fantoche fazendo agrados e tomando decisões afim de ganhar aprovação e o orgulho de seus superiores imediatos. Nesse momento um novo mundo se abre, o que se apercebe que precisa agradar a si próprio e estar de bem consigo para estar de bem com outros.
Daí em diante as atitudes mudam, e os acostumados estranharão, bem como a oposição. Mas diante da dificuldade, como lidar? Qual o caminho certo?

Uma nova questão, um novo pilar. Cabê a cada um escolher e se decidir em como seguir adiante e arcar com as consequências que vierem, sejam elas quais forem, boas ou ruins.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Alone

"Every living creature dies alone"

Acontece de uma forma tão natural a vida que mal a vemos passar, mal percebe-se os seus pequenos detalhes e pequenos milagres diários, e no fim todos lutam contra um inimigo em comum: O tempo.

Parar, pensar, refletir... Algo tão estranho e difícil. Poucos o fazem e aparentemente muitos estão certos por serem assim. Entender quem somos, o que somos e o que nos tornaremos não é a atitude mais saudável que existe.
Existem buscas em comum, mas ainda assim o ser humano é orgulhoso demais para aceitar isso e admitir.

No fim se está mesmo sozinho.
Não basta apenas viver sua vida inteira negando semelhanças, querendo ser único, diferente e especial. Tem-se também de no final se arrepender de todos os seus atos e querer que sua individualidade não o faça ficar sozinho.
Todas as outras oportunidades que teve para estar com outros jogou fora, e em seu ultimo momento em que é inevitável ficar sozinho é que deseja com todas as suas forças não ficar. O poder do medo esmaga, a sensação tênebra de que algo desconhecido e ruim está a frente leva a instabilidades.


Sem conclusões, sem considerações finais... A questão inconsciente continuará sempre pairando ao ar, o máximo que se pode fazer é apontá-la com o dedo, muito longe para ser alcançada ou analisada. 
Mas tudo ficará bem, afinal é apenas mais um pequeno devaneio. Assim que a mente notar algo que chame a atenção e sair desse transe o foco irá mudar, e todas essas ideias vão desaparecer até o próximo momento que olhar para o céu.


O fim fica mais próximo a cada vez que pensamos nele.

sábado, 14 de julho de 2012

Não tenho um título para ti

Não sei o que escrever direito, mas por algum motivo senti vontade de entrar e escrever. Está bem tarde e nem deveria estar empenhado nisso, mas sinto que devia colocar em texto essa sensação.

Aquele momento singelo e tão difícil de se apalpar e sentir; Intangível é a palavra, distante como aquilo que não se consegue imaginar, mas ainda assim se sabe que existe e que pode ser alcançado.
Quando você consegue sentir que mudanças estão ocorrendo, que o mundo está fluindo, e que se levantar as mãos neste exato momento vai poder ver, mesmo que por apenas um único e ínfimo instante as correntes escorrendo por você.

Fases de transição, de percepção, de introspecção... Cada coisa acontecendo de uma forma, mas que ainda assim trabalham em conjunto, chegando a uma única resposta, um ser final que se molda aos poucos com o passar de dias, meses, anos, décadas... E pouco a pouco vai tomando forma até finalmente se tornar aquilo que não esperava: Você!

E então se dá conta que não estava assistindo, e sim se construindo, e agora tudo faz sentido. Ou pelo menos é isso que quer acreditar.
Ainda assim, não se deixe levar por esse pensamento, o rio ainda flui, a corrente nunca para, e a mudança nunca vai deixar de estar presente. Apenas acostume-se a ela, o tempo que durar, para se preparar para a próxima mudança e o próximo conceito.

Por vezes nos deparamos com verdades inigualáveis, mas o que não percebemos é que elas nunca saíram do lugar, fomos nós que amadurecemos o suficiente para agora enxergá-las.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Perdido...

As vezes parece que tudo está fluindo num ritmo que só os outros entendem. Isso é frustrante, como se você fosse aquela madeira fincada no meio da correnteza de um rio para mostrar a profundidade que o rio tem. Você não consegue acompanhar o fluxo, só fica parado servindo para nada ou pouco, e ainda terão aqueles que vão te olhar como um referencial e se manter afastados.

Deveria ter alguma coisa melhor para marcar a volta ao blog. Sorry! I don't have it.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Café


Hoje, depois de mais de 10 anos sem o fazer, tomei café.

Estranho como o momento glorioso de colocar a tal bebida turva e negra em minha boca se tornou melancólico e tedioso, acompanhado por um baque seco do relógio e o latido irritante do cachorro.
Como pode o momento de beber o tal liquido que me manteria acordado se tornar um momento tão desanimador? O gosto cerrado da bebida morna descendo pela garganta, se tornando um vazio triste e desolador que traz um amargo na boca e deixa a sensação de bebida velha e rejeitada nos lábios.

Aquele momento de reflexão, de olhar para a caneca e se sentar na cadeira contemplando o nada. E num momento para outro se acaba quando menos espera a cena descrita, você se apercebe que na verdade sua caneca já está vazia e a vida volta a andar como sempre foi.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Desnorteado


Ouvindo em loop. Apenas feche os olhos, não pense em nada, ouça cada nota ressoar desde o começo até o fim, uma interligando com a outra. Deveria lhe trazer sensação de paz, mas não hoje, apenas ouça e sinta. As variações tomaram conta da parte de dar um sentido, de te fazer reagir e se inteirar e incorporar à musica.
Sua vida pode estar descrita aqui, mesmo que sem palavra nenhuma. É possível quase que tocar o ar e as notas.
Então a musica acaba, e simplesmente não tem volta, a realidade bate a porta, e junto com o abrir dos olhos fica para trás, ofuscada, tudo que se passou. Uma vida, e ninguém notou.
A falta e vontade de compreender o que se passou é tanta que você não se detém e deixa novamente a musica tocar em loop infinito.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ciclos espelhados

Estava relendo "A Náusea" e apesar de já fazer tempo que li o determinado trecho que vou citar (e minha memória ser ruim o suficiente para não conseguir guardar as coisas por muito tempo) ainda me lembro claramente da passagem em que Antonie descreve seu horror de se olhar no espelho.

Me pego pensando nisso todos os dias, após o banho, nas passadas rápidas pelo banheiro, nos momentos de pentear o cabelo, na hora de escovar os dentes ou simplesmente quando me encontro perdido em ideias dentro do banheiro olhando para o espelho.
Já sentia isso a muito tempo antes de ler o livro, mas quando você vê um hábito seu ali escrito e extenuado em todas as palavras começa a perceber melhor quem você é e o quão banal e normal aparenta ser. Uma coisa que é tão normal e que tantas pessoas o fazem que foi até mesmo parar em um livro de algumas muitas décadas atrás.

Interessante como olhar no espelho me faz pensar, é como se estivesse olhando dentro de mim mesmo e nesse momento tudo clareasse, estivesse nu e cru, abertamente exposto aos meus olhos e livre de julgamentos, até mesmo dos meus, eu pudesse falar e analisar as reais situações.

Não deveria gostar tanto de coisas quebradas

No momento olho e o que vejo são os pequenos traços do tempo escorrendo pelas faces. Olhos cansados, boca ferida, pálpebras caídas, olhar sem vida, rosto marcado, cabelo se aguentando, mas provavelmente o único que ainda tem um resquício de força e não vai durar por muito tempo.
Se começo a pensar, sob o olhar daqueles óculos vejo o passado, e as vezes as expectativas de futuro.
A ideia resultante não foi das mais agradáveis, mas ainda assim é válida.

Pequenos ciclos... Tudo se forma em pequenos ciclos.
Fugimos disso o máximo que  gostaríamos, mas no fim das contas somos pegos de surpresa, eles ainda estão ali, tão incrustados na nossa alma que é impossível se livrar deles. Eles se repetem, as vezes em circunstancias e contextos diferentes, com formas diferentes, mas em essência é uma repetição.

As mãos tremem e o medo de uma coisa que não conhece lhe toma o corpo. Se tudo é um ciclo é melhor o manter assim? mesmo que no fim do ciclo você sempre se sinta mal? Pelo menos sabe por onde irá passar e o que virá, como tudo terminará. Tentar o desconhecido e se esforçar por isso é um passo em direção a mudança, mas as vezes até mesmo esse passo está previsto pelos seus ciclos e você rapidamente cai no imutável, agora com menos esperanças do que antes.
No fim, existem mudanças?

Agora os olhos castanhos, mas que mais parecem acinzentados pela falta de expressão me levam a um momento no futuro, um breve momento, uma palavra que despertou uma memória e uma expectativa não concretizada.
"No fim, nunca vi os tais óculos novos, nem consegui meus 15 minutos."
Sim... apenas uma ideia solta, não precisa de mais do que isso.
A placa no meu quarto irá entrar nesse contexto de ideia solta também. Tem duas frases escritas nela, na frente "Não sei por que abro a boca em casa. Me pergunto isso todos os dias." e atrás, escrito hoje, tem escrito "Vou acabar decepcionando mais e mais a todos e a mim mesmo."
Só não esperava a segunda frase se concretizar tão rápido, pelo menos na questão de me decepcionar. (*O que de fato é mentira, meu caro ser hipócrita e apenas bonito nas palavras que vive juntamente comigo. Desde o começo de qualquer coisa você sempre se imaginou se decepcionando, independente de quem seja, o que seja, onde seja, como seja. O seu senso "realista" sempre te faz pensar nisso e tentar se preparar... não consegue ver que é mais um de seus ciclos? até mesmo achar que está se surpreendendo e tomar esses choques de realidade vindos de si mesmo? Sua passividade e ingenuidade me fazem te menosprezar, se é que isso é possível*)

Fim do texto por motivos pessoais perturbadores. prefiro não transcrever o diálogo de uma pessoa que se segue. Um monólogo me prontificaria, mas não a expressão completa de insanidade. (*é fraco demais para admitir*)

Vazio

Quando o vazio toma forma e preenche os espaços antes ocos. Obviamente que não muda seu estado, mas um evento ocorreu. O cinza sob o branco, maculando e enegrecendo as juntas. Deformando e envelhecendo as paredes. Mofando e decompondo as visões. Tudo por um leve instante acontecendo e a grande maioria incapaz de perceber, de notar, ou de se deixar olhar. Ignoram pelo fato de ser muito rápido, de parecer insignificante e assim, instante a instante, continuam a se deixar morrer e sumir.

Evans Hauss

Achei que não mais escreveria sob essa alcunha. Pretendia não o fazer, não o deixar avançar e tomar lugar. Tem ideias boas, algumas extremamente engenhosas, mas em geral são todas podres e sem vida, revoltadas e cheias de cicatrizes. 
A falta de equilíbrio me perturba, e deixar uma mente que denota muita raiva e desprezo se expressar me deixa temeroso.
Ainda assim não nego o quanto ele pode ser importante e as ideias que me vem por meio deste que é parte de mim. Voltemos ao objetivo inicial do blog (*já não sei quantas vezes disse isso ou coisa semelhante*). Deixe as ideias extravasarem, as sensações transbordarem, por mais pitorescas, surreais ou perturbadoras que sejam.

"Hoje sinto que não quero dormir, apenas escrever... Me normalizar. Isso me renova."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vozes internas


A multiplicidade do ser é um campo da psicologia que me fascina a muito tempo. Sempre achei interessante e curioso a possibilidade de se poder contrariar a lei da física que diz que dois objetos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Mas imagine a possibilidade de dois seres diferentes, as vezes completamente opostos, ocupando um mesmo corpo e perturbando uma mesma mente.

Recentemente comecei a ouvir mais as vozes dentro da minha cabeça. Seus conselhos e frases entrecortadas em geral não fazem sentido nenhum, mas reparar nisso me levou a notar algumas outras coisas.

Quando com sono, minha mente fica muito mais vezes em estado automático do que o normal, e nesses momentos é que parece existir uma pequena guerra civil para saber quem domina o cérebro e os pensamentos. Quando menos espero me vejo com o lado racional derrotado e a mente perdida em devaneios pitorescos e algumas vezes degradantes e improváveis, ou simplesmente psicodélicos o suficiente para serem questionados e duvidados no primeiro instante, mas ainda assim não o são pois o líder atual institui que aquilo é normal e aceitável.

Existem vozes que falam comigo. Pode parecer esquizofrenia, mas não o creio. Em geral é aquela voz de auto-crítica que te ajuda nas decisões, te diz as coisas de acordo com seus conhecimentos e experiências passadas. Deve ser essa a chamada Consciência. Quando não é assim são um grupo, as vezes pequeno, as vezes grande, falando todos juntos em um discurso infindável e ininteligível. Se consigo me focar em uma unica voz logo entro em sua conversa e me lembro de coisas passadas, como se fosse um reflexo do passado sofrendo perturbação como quando se joga uma pedra na água e as ondas formadas distorcem o reflexo.
Certa vez estava lendo artigos aleatórios e lembro ter visto falar sobre esse tipo de teoria, de que dentro da nossa mente existem vários alter-egos, e um deles dominante e este é nossa própria pessoa, mas os outros vivem junto conosco e tentam usar os momentos de menos atenção da personalidade principal para tomar a dianteira. Sim, é uma ideia absurda, mas por que não viável? pelo menos nos leva a imaginar e meditar sobre o assunto.

As muitas letras possíveis que podemos desenvolver, devem dizer muito de nós. Pessoas podem ser completamente analisadas e mapeadas apenas por meio de uma redação. O que devo interpretar sobre as minhas três letras diferentes que uso?
Letra de mão em algumas situações, poucas e de humor específico.
Letra de forma maiúscula, todos os dias a partir do momento que piso os pés dentro de casa, como se minha mente e humor mudasse completamente de forma que apenas a forma rígida e mascarada sem expressar nada que apenas a letra maiúscula seria capaz de expressar.
Letra de forma minúscula com letras de mão incrustadas sutilmente ou inconscientemente. Uso isso na maior parte do tempo, como se esse fosse o meu eu verdadeiro, uma mistura de vários acontecimentos com o passar do tempo formando um conjunto todo costurado e torto, quase como um monstro de Frankenstein das letras e formas de escrever.

Muito poderia ser dito, muito também pode ser confundido com múltiplas personalidades, como por exemplo a bipolaridade, ou a simples indecisão e incoerência de uma pessoa.
Mentes fracas, pouco treinadas para lidar consigo mesmo acabam escapando as margens dessas linhas que separam a sanidade da loucura.
Me vejo a cada dia mais próximo dessa margem, como se o fato de me questionar tanto fizesse um mal mental. Ter tanta consciência pode ser uma benção mas também a chave das portas para uma maldição. Isso constantemente me leva a pensar se os loucos na verdade não são pessoas com a mente aberta demais ou que tem tanta consciência das coisas a sua volta que são anormais para os que não percebem. Pessoas que não tem com quem conversar, ninguém além de si mesmos capaz de entender, atadas às suas vozes internas e condenadas a serem julgadas por isso, incapazes de serem compreendidas ou evitando que o sejam para não infectarem outras pessoas com essa solidão.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Impasse

Tenho vontade de falar e de escrever, mas não sei direito o que. Não consigo me decidir.
Não que a indecisão seja algo novo e surpreendente, na verdade ela já faz parte do cotidiano de tal forma que passa despercebida e esquecida em muitas das vezes que penso e entro em conflitos duais. É algo que já não me assusta e diria que nem me fascina mais, apenas perturba. Como uma grande ruga negra que borbulha sob a pele jovem e clara, algo que não devia estar ali, mas que ainda assim está e não vai sair sem dificuldade e dor.

O impasse maior vem com a necessidade de uma conclusão. Iminentemente consegues ver que nada será alterado, que nenhuma decisão foi realmente estabelecida e que tudo continuará como era, o que traz um gosto amargo e um cheiro de repugna no ar.
INACEITÁVEL!
Ainda assim não se move em favor da mudança, mobilizar-se é muito mais custoso do que se deixar ser alvejado pela culpa e desarmonia.

Olhos penetrantes o cercam, continuam apenas a observar traspassando por completo seu objeto de ódio. Esperando um passo em falso, uma virada mal feita, um conflito impossível de se solucionar.
Assim se sentem bem, assim se satisfazem.

Pequenos devaneios pouco simplistas, isso é o que toma a minha mente em determinados momentos, e quando me vejo, já estou mergulhado profundamente neles sem esperanças de voltar a realidade inalterado e sem sequelas. Cada devaneio em que me vejo imerso, a cada tentativa de voltar a realidade é como um respirar profundo debaixo d'água, enchendo os pulmões de água e o corpo de dor, até o momento em que finalmente não conseguirás mais se debater e se aceitará flutuando no meio dessa densa "realidade".

Tudo causado por um impasse, uma decisão não tomada, uma incerteza e insegurança quanto ao que fazer. A cadeia de ideias que se ativam, a maré de possibilidades que o encobre e a multidão de dúvidas que lhe pisoteia. Um único gatilho as trouxe todas à vida e as ativou ao mesmo tempo.

Nada a se fazer, sentado daqui apenas observando o seu próprio eu sendo afligido, e ainda assim conscientemente tomar a decisão de se sentar a determinada distância apenas para observar. Que poderia fazer a favor? Provavelmente nada, pois se tenho frieza o suficiente para assistir um inglorioso momento e apenas o olhar como casualidade seria pior uma intervenção direta, apesar de correr o risco de as coisas se tornarem mais 'interessantes'.
Continua daí então, apenas vendo, meditando, sofrendo e se deliciando. Incapaz de decidir até mesmo como irá reagir e encarar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sonho... Perturbador .-.

Acordei com uma sensação ruim, parecia que minha cabeça tinha 2 metros de diâmetro e eu era uma espécie de JoãoBobo só esperando para ser socado, ir para trás e voltar com um grande sorriso inexpressivo no rosto.

Já que estava nessa, resolvi tirar os primeiros 30 minutos do meu dia para pensar nos meus sonhos, naquilo que estava se passando na minha mente.
Analisar os meus sonhos me fez ficar frustrado, ver o quanto estou me sentindo afetado e como até mesmo meu subconsciente é capaz de me culpar e jogar verdades na própria cara de sua personalidade alfa.

Dentre os que consegui lembrar tinha um de uma falsa alvorada. Minha tia estava em casa para fazer limpeza (*o que não faz o menor sentido, ela nunca trabalharia de diarista*) e meu irmão veio me entregar algo no quarto: Dinheiro e meu CPF.
Ele estava me entregando a mando da minha mãe. Estranho que o CPF estava quebrado, dobrado no meio, e logo me lembrei do momento que emprestei ele e vi minha mãe dobrando o cartão ao meio. Esse fato pequeno por algum motivo me deu muita raiva, além do normal, e fui tirar satisfação. Ela saia, estava fugindo de uma situação que tenha de conversar comigo, como sempre faz, e eu fui tomado de uma impaciência que me levou a pular pela janela do quarto afim de chegar antes dela no andar de baixo para tirar satisfação.
Ouvi uma frase que não fazia o menor sentido para justificar: "você me emprestou o cartão, e cartões não servem para isso? para dobrar e guardar?"
Minha resposta foi algo como: "Ah, se é assim vou pegar seus cartões de crédito e dobrar para ver se você vai gostar"

Agora que paro para pensar, foi uma cena típica. Uma discussão por uma coisa pequena em que os dois levam a sério demais. Com a diferença que estávamos sendo notados pela vizinhança inteira, ela na rua e eu por cima de um muro gritando um para o outro.
Desse primeiro pedaço do sonho eu percebi uma mensagem do meu subconsciente. Ele queria dizer que eu foco nas coisas erradas, me apego a pequenos detalhes que não tem a ver com a situação principal e fico direcionando meus sentimentos de forma errada. No sonho quando acordei estava frustrado da mesma forma que agora quando acordei realmente, a prova era hoje e não me senti preparado a ponto de não comparecer, mas minha reação foi direcionar essa frustração para ser descontada em uma situação pequena, fazer todos pagarem por isso mesmo sem entenderem, e agir como se estivesse descontando nos outros.
Muito egoísta, o caráter egocêntrico que percebo nessas palavras me enoja profundamente. (*em tese, esse texto inteiro me enoja profundamente, tudo girando apenas no "Eu"*)

Após umas ações sem sentido no sonho, eu me vi dentro do carro que minha mãe estava de saída. Algo parecido com uma minivan. Meu irmão iria com ela, minha mãe dirigindo e ele, por algum motivo, em algum dos bancos traseiros.
Em seguida veio uma situação estranha: senti vontade de não o deixar ir sozinho atrás, como se pensasse que estar sozinho fosse algo negativo, então entrei do outro lado e sentei em um dos assentos ao lado dele e como no facebook mandei um "like" para ele, como se dissesse "estou aqui, vamos lá, você não está sozinho".
Automaticamente, vendo que já tinha alguém atrás, ele passou para o banco dianteiro. E eu fiquei atrás, meio sem reação, pensando "quem vai dar 'like' para mim aqui atras sozinho?"

Se solidarizar e tentar fazer algo pelo próximo. Pode até ser uma atitude nobre, mas não parece ser uma atitude que se deva tomar. Acho que sonhei com isso por causa das decepções que passo quando estou em casa. Aprendi que não importa se o outro não está em boa situação, se mobilizar em favor dessa pessoa não fará a menor diferença e ele não se mobilizará a seu favor em recíproca, mesmo sendo sangue do seu sangue.
A sensação de "Estou sozinho fazendo algo inútil por alguém que não será nem sequer reconhecido" permeia evidentemente o ar, assim como no sonho.

A última parte do sonho era em viagem nesse carro, ainda na vizinhança, com o GPS ligado mostrando um lugar para ir. Tudo corre normal, o ponto final parece visível, mas quando entramos em determinada rua no meio do caminho, o GPS fica louco e começa a piscar vários pontos do mapa diferentes, como se estivesse perdido ou com interferência. Mas isso só acontece naquela rua.

Foi como se me dissesse "você tem um objetivo que demarcou, mas perde completamente o rumo e fica perdido, sob interferência externa, quando chega em determinado ponto"
O problema é que essa interferência em geral me impede de continuar.

Sinceramente pensei em não postar, não escrever, omitir uns 75% do que está escrito aqui. Mas daí perderia o propósito do blog, que é justamente atuar como terapia e escrever aquilo que me dá vontade de expor de alguma forma. Coisas que não seriam ditas em palavras faladas.
Mas acho que hoje não vou alcançar meu objetivo, pois continuo pesado como se tivesse os bolsos de um sobretudo cheio de pedras maciças me fazendo ficar parado em um único ponto sem conseguir sair do lugar.
Esperar e ver o que acontecerá e como desenrolará os fatos...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tic Tac

Quase sinto a dor do tempo sendo incrustado nos objetos e me traspassando

Como um estalido seco e opaco continua a ranger, o mesmo som continuamente, preenchendo por completo todos os recintos. O relógio em estocadas estrondosas anuncia a passagem de cada segundo.

Segundos, minutos, horas, dias... semanas.
Tudo pode passar, mas sob esse silêncio mórbido apenas quebrado pelo barulho do tempo passar fica a leve impressão de que apenas o tempo anda, como se fosse uma entidade a parte. Ele tem vida e movimento, mas todo o resto a sua volta continua estático e parado, cinza e inalterado. Impresso como uma fotografia antiga.
As famílias que dormem, o homem que se olha no espelho, a criança que chora, o mendigo que sente fome, a prostituta que trabalha, o acidente que está acontecendo, o suicida com sua arma na boca.
Tudo impresso, imóvel, como uma gigantesca foto de todo o universo. Aquele momento nunca passará, ficara ali eternamente, durante todos milênios que a entidade tempo determinar, e nem sequer um milimetro eles irão sair de seus lugares, eternamente presos naquele ultimo momento.

Caos... that's all you can fell
Fruto de uma mente pensante veio essa ideia. Sendo isso verdade ela não irá a lugar nenhum, continuará para sempre presa dentro daquela mente. O homem olha no espelho, vê as eras passarem, e a ideia se perdendo. Tudo que pode fazer é continuar a ouvir o tempo:
TIC.... TAC!.... TIC... TAC!
E o ultimo 'tac' sendo tão profundo que lhe martela a alma, penetra a mente e desfigura o ser que definha em loucura depois de tamanha espera. Esse é o único fim à vista.

Distorção do tempo... talvez sim, mas há quem chame isso apenas de viver cada segundo. Entender o momento e o descrever.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Gray day

Hoje é um daqueles dias cinzas, onde tudo se torna sem vida e saturação, como uma foto antiga. Fica estático e movimentá-se com grande dificuldade em marcha reduzida, como um eterno slow motion.
Não gosto desses dias, eles são fadados a não passarem e se estenderem por semanas a fio num único período de 24 horas.
Aquele humor fúnebre e sereno, passivo ao extremo, permeia todas as salas e atmosferas. E no fim pouco se pode fazer. Sinto-me como uma pintura fora do quadro, deve ser a melhor descrição.

Não escrevo nesses dias, as ideias não fluem. Mas vou deixar aqui um texto que encontrei que escrevi a algum tempo atrás. Creio que em um desses dias cinzas onde o sentimento de melancolia esta completamente impregnado.

"[...]

percebi que meu desanimo não é exclusivo por que me sinto só
e sim pq sinto que estou falhando com aquilo que realmente queria alcançar
por isso me sinto só.

minha real vontade era de ser um bom filho, alguem que tivessem orgulho e me
dar bem num ambiente de familia.
não é isso que estou conseguindo, justamente o contrario.
 
[...]

Pouco a pouco as coisas estão perdendo o sentido e sabor por causa disso, desse
sentimento negativo.
Eu tinha muitas coisas que gostava muito, que me tornava uma pessoa animada e ativa.
Com o passar dos anos um a um os meus hobbies foram se definhando. cada dia sinto
menos o sabor da vida, como consequencia fico desanimado e apenas pensativo,
sem objetivos reais a alcançar.
Eu gostava de escrever, desenhar, conversar, jogar, me exercitar, comer, de doces,
de ler, de dar risada, de anime, de musica, de cantar. e tudo isso foi perdendo o 
sentido e a graça, pouco a pouco.

Acho que quando era criança eu devia pensar sobre o futuro e ter algum objetivo.
Algo que eu olhava e falava "Quero fazer isso!" ou "Quero ser isso quando crescer"
mas hj não sinto isso de forma nenhuma. A falta de um objetivo de vida me deixa
desanimado e inerte"

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mendigus Urbanus


A crônica urbana sendo vivenciada todos os dias, o nosso personagem preferido, aquele que sempre está lá, mas que não tem a atenção da grande maioria. Vivendo aos cantos e subjugado pela selva de pedra que o rodeia.
Alguns por opção, outros por consequência, ainda assim muitos estão lá. São os não humanos mais presentes e quem sabe até, os mais ativos na peça que se desenvolve todos os dias nisso que chamamos de vida. Não podem ser considerados meros garotos do palco, aqueles que ajudam nos bastidores, pois estão presentes na peça ativamente, desempenhando seus papéis ainda que de coadjuvantes, com uma naturalidade extraordinária. Na verdade eles são os que se pode dizer que não atuam, apenas vivem o "personagem", sem limites, sem reservas, sem restrições.

Jovens seres, alguns não tão jovens, mas que acompanham o dia passar, o movimento da sociedade, observando de perto, mas sem serem vistos. Uma visão privilegiada, de camarote, vendo o vai e vem de cada cidadão.
Ele mesmo não deve se considerar parte de nada, alheio a tudo e inerte em muitas vezes, aproveitando sua oportunidade e situação para observar tudo. Há aqui uma oportunidade unica para se desenvolver como pensador, o mundo passa a sua frente, o que se passa em sua cabeça então?

Todos os dias a mesma posição, a mesma rotina, os cenários talvez variem, mas a cidade nunca irá. Acompanhando os mesmos sons, desde o nascer da aurora até o zunir do vento da madrugada.
O que pensa? o que medita? O que lhe preenche? Em silêncio continuará grande parte do dia, até que venha a se entregar ao sono e possa organizar as ideias em mente ou poder se transportar para seu mundo imaginário, se é que é necessário.
Você que nunca o vê pensa isso, enxerga tudo isso... mas e ele? O que é tudo isso para ele? Existiria esse romantismo todo entorno da situação?

Como uma nova raça se desenvolve, aprimorando cada vez mais a habilidade de se adaptar, de sobreviver, de se tornar invisível aos olhos dos outros.. Ou será que somos nós que estamos nos desenvolvendo na arte de ignorar o próximo?
Uma evolução, pequena, casta e resoluta a qual poucos aguentam. Para a sociedade eles não são mais Homo Sapiens, e sim Mendigus Urbanus.

domingo, 22 de abril de 2012

No alarms and no Surprises


Só para postar hoje alguma coisa vou deixar esse clipe do radiohead. É meio claustrofóbico, doentio, desanimador o tom e ritmo, uma coisa parada e que te leva facilmente ao sentimento de melancolia... não é preciso dizer mais nada para saber o quanto gosto das musicas deles rsrsrs

"A job that slowly kills you
Bruises that won't heal"

esse tipo de frase de efeito sempre consegue me pegar muito bem. O medo de cair nessa monotonia eterna e a visão de que isso é irreparável é o que a torna desesperadora.

Então procure o máximo possível viver a base de "No alarms and no Surprises"... mesmo que visualmente soe sem graça e sem vida.

sábado, 21 de abril de 2012

Divagando rapidamente

Tantos temas a minha volta, tantos assuntos que podem ser abordados. Alguns até mesmo me atraem e tenho ideias prontas, mas deve estar faltando tempo hábil para concretizá-las.

Cada vez que me vejo em frente ao computador ou as ideias somem, ou quando elas aparecem já é hora de me retirar.
um momento eu paro para escrever tudo que tenho vontade, só preciso de paciência.

Qual o objetivo do blog?
Acho que ele já o alcançou, se queria apenas me expressar e exprimir os pensamentos reclusos eu já venho conseguindo fazer isso.
Se me sinto bem, não sinto motivos para escrever, quase como se estivesse fazendo algo errado. Será que é tão ruim assim ficar de bem consigo mesmo? Sendo esse o caso vou me tornar uma pessoa má e continuar nesse estado pelo máximo que conseguir ou até me contrariar por completo. Esperar o que acontece primeiro.

Seria isso tudo e essa bagunça toda nas ideias aquilo que chamam de efeito causado pela paixão?
Provavelmente não, sempre fui meio atrapalhado, mas vai entender esses sentimentos, né?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Diluindo


Gota a gota, vermelho vivo, rubro cintilante, a vida vai se esvaindo. Momentos, lembranças, sensações, todas se perdem sendo diluídas no meio externo que é a vida. E ali, parado, inerte, continua apenas a observar o desenrolar das coisas.

Pessoas passam, mas não percebem, pois estão ocupadas demais com suas próprias vidas sendo perdidas. Dia a dia, preenchendo cada vez mais o vazio com vento. Numa esperança de que eternamente se poderá continuar nesse ciclo sem sentido. 
Gota a gota, continua a cair. Não mais rápido, nem mais devagar, apenas constante como sempre foi. Se misturando e perdendo a forma original, numa tentativa frustrada de purificação inalcançável. Não consegues ver que estás a manchar o ambiente? Que a pureza não muda o que já está corrupto?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Diferente

Ultimamente anda parecendo que estou diferente, não de uma forma ruim, pelo menos não completamente, mas de uma forma que não me parece costumeiro.

Tem quem diga que as pessoas mudam, outros já pensam exatamente o contrário, que as pessoas nunca mudam, apenas disfarçam melhor.
Sinceramente não sei no que acreditar, nunca fui de tomar partido em questões como essas, pois na minha realidade não ter esses conceitos é muito melhor. Nunca sou contrariado se não existir um conceito para ser desmentido, e visto que as vezes uma ou outra vertente se mostra verdadeira seguir essa linha de pensamento tem sido bem útil.

Mas se as pessoas mudam, seja para pior ou melhor, não é uma coisa que aconteça drasticamente. Geralmente acontece de forma que o dito cujo não percebe. Devo ser sensível demais as minhas próprias mudanças, pois consigo notar elas todas, tudo q preciso fazer é olhar um pouco para trás e comparar meus conceitos sobre o mundo ao meu redor.

Algumas coisas continuam iguais, mas a disposição parece que está sofrendo mudanças. Meu humor também parece um pouco melhor do que antes, mas para isso eu tenho resposta, existem coisas diferentes acontecendo que mudam minha forma de lidar com algumas situações. Isso é bom, esperar para ver o que vem depois e como tudo se desenvolve.

Só tenho medo de tomar uma escolha errada, uma decisão crucial para o lado que me arrependerei. Deve ser por isso que não gosto de mudanças. Tudo se torna tão mais incerto quando não se conhece o caminho que está pisando.

Bloqueio

As vezes nada corre como o planejado. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, correndo ao nosso redor que quando menos se nota já se está perdendo tempo, distraído com algo e as prioridades são jogadas para os cantos.

O que pode então ser definido como prioridades?

As coisas tem importâncias em diferentes níveis, fica difícil definir apenas uma delas ou um pequeno grupo como mais importante do que as outras.
Coisas que ajudarão a construir o seu futuro, coisas que gosta, aquilo que te faz sentir bem, pessoas que ama.
Tudo tem um devido lugar, mas deve ser uma tendência humana de querer manipular tudo no menor tempo possível, ter o máximo de controle sob suas próprias mãos e querer que tudo corra bem de acordo com o seu planejado.

Jovem tolo o que cai nesse erro, não consegue ver que até mesmo você tem limites. Não é tão diferente quanto acredita ser de todos a sua volta, talvez suas limitações sejam até maiores que a de muitos dos que conhece.
Quando se ver em situações de bloqueio e não conseguir terminar nada por tentar lidar com muito num mesmo instante ainda irá achar que tem algo de errado no mundo a volta, mas tudo que precisa é parar um pouco e olhar para dentro, para si mesmo, e se organizar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

vias de escape

Por que é tão difícil entender que na verdade eu não quero um terceiro se metendo? Que o que eu busco não é um meio de me livrar dos problemas, esquecê-los ou ignorá-los tomando alguma coisa que me altere mentalmente, e sim que gostaria que eles fossem resolvidos com os envolvidos?
Apesar da aparência, não sou tão fraco assim a ponto de me entregar facilmente a essas comodidades covardes que muitos buscam.

Escrever é quase o mesmo que os recursos artificiais para alterar a mente e ignorar os problemas, pois quando estou escrevendo de certa forma não tenho necessidade de falar com ninguém a respeito do assunto polêmico e posso me distrair pensando em outras coisas, ainda assim é mais licito e me causa menos baixa auto estima do que um meio comercializado nas farmácias.

Não é como se eu quisesse ser feliz, ou que achasse que isso é possível, só que um pouco de paz de espírito faria bem. Um pouco de coerência ajudaria para uma boa saúde mental, mas o que vejo é gente se revirando e chegando a extremos. Tudo bem, já que é assim com todos ao seu redor, querer ser diferente é que deve ser sinal de estranheza.

"Eu te amo"
As pessoas tem me dito muito isso, e as vezes eu até consigo responder igual. Lembro que antes era um trauma sobre isso e que era impossível dizer o mesmo sem antes cair em uma espiral filosófica e depressiva.
Mas não sinto como se fizessem algo que me convença de que essas palavras são verdadeiras.
É nesses momentos que pode-se questionar a eficácia dos laços sanguíneos, se existe mesmo o tal do amor incondicional, e o que é se relacionar com outro ser humano e sentir algo por ele que seja completamente não ligado a você e visando o seu próprio bem estar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Looking inside

Escrever consola, mas dizer incomoda. É meio difícil de entender esse conceito, mas é assim que a banda toca. Ao mesmo tempo que algo bom acontece, que alguém se sente bem, tem sempre um outro alguém ou uma faceta de você mesmo que se sente incomodada, triste e desanimada.

Falar o que lhe vem ajuda você mesmo a enxergar o interior, olhar para dentro caso não o faça, ou em alguns casos, olhar para fora caso seja um narcisista mega-egocêntrico. Mas existe uma questão, o seu interior está preparado para essas verdades que lhe serão mostradas?
É como expor uma criança à um assassinato, aquilo a marcará e talvez nunca venha a ser um adulto ajustado à sociedade. Sim, parece ser uma questão importante, mas não necessariamente é algo que levamos em conta ou que pensamos a respeito. Pensar no imediato, no instante, é assim que a maioria faz, ficando desatento até mesmo para si mesmo e os sinais que apresenta de que as coisas não estão bem.

Se não entendemos a nós mesmos, como entender os outros?
Ainda assim, entender os outros parece ser mais fácil e menos trabalhoso do que empenhar tempo para nós mesmos.

Não é como se eu realmente quisesse ter consciência dessa verdade, afinal ignorância é uma benção. Mas já que eu já sei e nada posso fazer contra, vou gastar umas horas pensando em como negar esse fato.

Sem animo e tempo para escrever... deixar em aberto mesmo.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A coin... o que está inscrito nela?

Pensei em escrever, não saia nada que fizesse sentido, resolvi desistir pois não vale a pena o esforço.

Mais um dia, mais uma moeda.

Foi cheio, tanto quanto os outros, termina estranho também assim como muitos.
Pessoas são estranhas, vivem com prioridades e visões únicas de mundo, mas chega a ser tão único que as vezes não encaixa. Diversidade demais sempre atrapalhou e isso nunca se mostrou tão verdade quanto se mostra hoje.
Algumas vivem pelo pão do dia a dia com um serviço simples, mas é incrível como pessoas relativamente menos privilegiadas podem gerar a sensação de inveja de suas condições tão aparentemente soltas, não necessariamente fáceis, mas aparentemente mais gratificantes. O contrário também é valido, eles dirão o mesmo.
No fim tudo que vale são as aparências, é o que conta mais e o que rege todo o nosso desejo. Ser guiado pelos olhos, não pela mente. Não importa como se coloque, ainda não parece estar certo.

O mundo gira, mais um morre, três novos nascem, dois se drogam, cinco se deprimem, dois dão risada (*talvez estejam drogados*), trinta pensam sem resultado, nenhum parece satisfeito.

Mais um dia, mais uma moeda.

Sem que se perceba o dia passa, e as coisas mudam. Tudo bem, amanhã inevitavelmente isso irá se repetir novamente o que leva a pensar que de fato tudo se transforma, mas nada muda. A maior constância está na mudança.
Onde levará?
Não é preciso resposta, apenas é preciso saber. Note que tudo passa, as sensações se espalham, e você torce muito para que elas se diluam a sua volta como se diluísse na água.

E mais um dia, mais uma moeda... vamos ver o que amanhã nos espera, quanto entra e quanto sai.

Senoide

Cada vez mais confuso, mais circundante, redundante. Girando sem parar como uma espiral sem rumo solta no espaço. Não apenas na segunda dimensão, girando em uma terceira e até mesmo uma quarta, com movimentos disformes, desgovernado apenas aumentando cada vez mais a velocidade rasgando o ar num único movimento, antes que se torne completamente invisível aos olhos humanos.
Não que já tenha alguma vez sido visto, notado, percebido ou dado importância. Sua existência nada mais é do que um mero instante para todos ao seu redor. Efêmero, aparentemente sem razão ou significado, mas será possível mesmo existir algo sem seu devido valor?

Como encontrar o que não se pode ver, o que é ignorado de forma tão descarada que faz os a redor se passarem por cegos quando apontados para o fato sempre ali presente?
O jeito é continuar circundando, sem rumo, sem esperança, sem mudança. Ricocheteando no invisível e seguindo naquilo que nem mesmo de em frente pode ser chamado.

Seria essa a sensação do vácuo? Do completo vazio?
Não definível, jamais perceptível, mas ainda assim presente. Uma existência reconhecida, mesmo que não levada em conta, ou sem espaço para existir em meio aos outros.
Agora segue teu rumo, continua inerte, andas inconstante como sempre fostes, indiferente e finitamente infinito.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Em Obras... ou quase

Dois dias sem escrever eu não aguentaria, então pelo menos dar um pequeno feedback já alivia um pouco minha ânsia.
Sei que se eu deixar muitos dias sem escrever acabo desistindo da ideia de blog, assim como desisti a um tempo atrás da ideia de escrever poesia e contos, uma das coisas que muito me arrependo, a propósito.

Pelo menos um hobby eu quero manter, desistir de todos faz você aos poucos ver o quanto está vazio por dentro e é uma pessoa tediosa. Não que existam muitos que são extremamente interessantes, mas ninguém quer ser tedioso, muito menos se achar tedioso por vontade própria rsrsrs.

Recentemente andei usando um note com teclado americano, está sendo mais difícil voltar ao teclado brasileiro, fico errando as teclas toda hora, e os acentos. Vez por outra faço o ç do jeito antigo aqui e me lembro que não estou no teclado americano rsrsrs...
A propósito, quero ver se me estabilizo em um único computador, essa de ficar trocando a cada duas semanas está me deixando cansado. Se o emprego der certo, acho que consigo comprar um note pra mim e guardar o resto do dinheiro para meus planos futuros ^^

Amanhã é um grande dia... passei hoje o dia pensando sobre isso e me preparando mentalmente. Espero que meu animo continue e não tenha nenhuma recaída de hoje até amanhã, para que continue com disposição. Quero muito esse emprego e também provar que aquela médica estava errada =_= eu sou capaz sim de passar em uma entrevista de emprego.

Enquanto esse computador de agora não termina de passar antivirus eu não fico muito confortável, então não vou me estender muito. Amanhã venho falar de qualquer outro assunto, talvez efemeridades, por que andei pensando sobre esse assunto uns dias aí.

sábado, 7 de abril de 2012

Just saying...

Sem muito animo para escrever hoje, o corpo pesa um pouco e a mente não está trabalhando direito.

Aproveitar o tempo para estudar um pouco e me preparar (*só faço isso na minha vida tem alguns anos*)

Deve ser carência rsrsrs... to com vontade de conversar um pouco aleatoriamente, eu acho.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Feliz?... Sincero?

vendo os dias passarem, as horas contarem, os minutos voarem. Parece que tudo anda um pouco mais rápido ou descompassado do que antes, mas ainda assim isso não me assusta tanto quanto sinto que já assustou no passado.

Pessoas buscam por felicidade, mas em geral nem sequer a sabem definir, senti-la ou apalpa-la se é que isso é possível.
Nesses momentos lembro-me do que sempre ouço do meu pai quando ele quer falar sobre felicidade em algum dos seus sermões que mais me deprimem do que animam, mas que esse exemplo eu sempre paro para pensar: Foi perguntado a um casal famoso como eles fazem para manter a felicidade depois de tantos anos de casados, dai eles respondem que a felicidade não é eterna, não é essa coisa concreta e durável que as pessoas querem encontrar, que na verdade a felicidade vem em pequenos momentos que passam bem rápido. Saber aproveitar esses momentos é que é a verdadeira chave para a felicidade.

Nada é estável, tudo varia. Apesar de nem sempre querermos assim, maioria das vezes não vamos conseguir mudar esse fato.

O objetivo do texto era ser um comentário simples sobre a vida, as coisas que andam acontecendo, mas acho que comecei a pensar alem disso (*como sempre, não que isso seja uma coisa muito boa*).
Se estou feliz? eu diria que não, por que sempre busquei essa tal da felicidade plena. Mas se for para pensar no exemplo da felicidade em momentos, eu sou feliz e ando me sentindo mais animado, estava pensando nisso hoje enquanto voltava andando a noite pela rua. Acho que alguns acontecimentos recentes tem a ver com isso, e algumas pessoas envolvidas também ^^ (*Thank you my dear Stalker*), o que gera uma sensação interessante e apreciável. Só que preciso tomar cuidado, pois me apego fácil as coisas.
Se sou sincero? Hum... Eu quero acreditar que sim, que estou sendo assim como sempre tentei ser sincero comigo mesmo, mas pensar demais nisso me leva a alguns paradoxos e reflexões bem como memórias desagradáveis.

Olhar a volta e aprender com o que se vê, esse ainda vai ser meu modo de viver. Espero estar fazendo certo e conseguir manter as coisas que gosto e valorizo sempre por perto.

Pessoas mudam... Ou não

É costume do ser humano criar um tipo de visão prévia das coisas, como gostaria que fossem ou tentar prever como serão. Criar conceitos e caminhos. Talvez isso seja até mesmo uma coisa boa, ainda é cedo para mim afirmar que sei a resposta.

Dentre esses conceitos tem um que chama atenção, que é quando dizem que você cresce e amadurece, muda, evolui. Engraçado como com algumas pessoas parece que isso não se aplica, o que me faz questionar se isso realmente é uma regra, algo aplicável a tudo e todos.
Hoje encontrei na rua com um conhecido de muitos anos, mas quando via ele se aproximando em minha direção, o único pensamento que consegui desenvolver foi: "Cara, ele ainda é o mesmo cara. O mesmo desde o primeiro dia que o conheci. Ainda tem o mesmo estilo meio desligado, ainda tem a mesma barriguinha levemente inflada, deve continuar pegando os mesmos tipos de menininhas, de vez em quando sai com a prima para levá-la para a escola e deve estar nesse exato momento indo em direção a alguma atividade que sempre faz."
Ele veio falar comigo, e quando olhou para mim me fez umas perguntas, pois suspeitava que estava jogando Pump em algum lugar. Foi daí que me caiu a ficha, eu também não devo ser muito diferente dele, devo ter o mesmo rosto, o mesmo físico, talvez mais cansado, com a mesma cara e jeito de um jogador frenético de Pump que todos os dias gasta uns 5 reais com fichas e falo ainda dos mesmos assuntos.

Alguma coisa esta errada, ou as pessoas não mudam, ou simplesmente vivo numa cidade onde o tempo não passa. Apesar de quererem me convencer de que as pessoas mudam eu sou mais propenso a acreditar que não, me parece mais plausível dizer que elas acrescentam novos conhecimentos a suas listas e prioridades, mas não significa que elas mudam essencialmente.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Maldito monstro grande e azul!!! (*Sorry Moby Dick, não é com você*) kkk

Redes sociais... Pelo nome eu suporia que você precisa ser uma pessoa social ou socializar com outros.
Definitivamente não me enquadraria nessa descrição.

Apesar de tudo, nos últimos dias andei mais relaxado nesse monstro grande e azul que é o Facebook, até postar coisas estou fazendo com mais frequência. Mas fui relembrado ontem por que eu não gosto dessas de rede social populares.

Tem muita gente nelas, e algumas as vezes está ali apenas pra ficar fuçando a vida alheia. Eu não gostava do FB por causa das muitas pessoas que adicionei compulsoriamente e que ficavam de olho em cada atualização de status minha ¬¬
Dentre essas pessoas vem até familiares rsrsrs... não entendo o gosto que as pessoas tem de ficar vendo as fotos dos outros com quem nem conversam, suas ações e ficar dando sermão a cada oportunidade =_=

Dependendo do que eu posto poderia ter problemas... por isso prefiro redes mais underground ou sem identificação de que eu sou eu mesmo. lembro que no orkut era impossível me achar rsrsrs... Apenas algumas pessoas, as que eu realmente queria, é que me tinham adicionado.

Gostaria de ser um pouco mais livre nesses sentidos, mas foi por isso que resolvi vir para um blog pessoal onde quase ninguém tem acesso. Posso me expressar como quiser aqui, e isso alivia bastante o peso que sinto pela quantidade de coisas que seguro.

Bons tempos, mas agora não dá para reclamar, tenho de ser o minimo social agora. Parece que é uma coisa que todos tem que ter desenvolvida, mas tudo bem, é suportável rsrsrs.
Ainda assim não consigo me imaginar tendo a mesma reação que vejo em algumas pessoas quando elas estão diante de uma TV, aquelas que não conseguem assistir uma noticia ou programa em silencio e prestando atenção e tem que ficar comentando o obvio, suas opiniões ou sobre suas experiências passadas semelhantes aquela que passa na televisão (*Y U No wait until comercial start?*)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Devia ter um note só pra mim =_=

Tô dividindo o note com meu irmao desde que o que eu usava foi tomado rsrsrs.
É uma pena, por que meu irmao dorme mais cedo que eu (*apesar de acordar mais tarde, mtoooo mais tarde*) isso me impede de escrever tudo o que tinha vontade u_u

Quando arranjar meu emprego a primeira ou segunda coisa q vou querer eh um note rsrsrs
Estou decidido com isso de emprego, para ter minhas coisas e para uns planos futuros ai...

Bom... amanha eu escrevo segundo artigo então ^^


Sonhos

As vezes quando olho para a pagina em branco do editor de postagens eu fico meio perdido. Minha mente meio que se espelha naquela imagem sem fim e sem começo, só uma grande e infinita folha branca.
Incrível que por ser só uma folha branca você tem inúmeras possibilidades, mas ainda assim recorremos sempre as coisas que já conhecemos e estamos acostumadas, deve ser o tal do medo de tentar coisas novas. Talvez esse tipo de reação seja tão comum que nos achamos especiais (mesmo que em sentido negativo) por causa disso, por não ser capaz de se expressar, ou ainda existe a possibilidade de ser só uma reação natural diante da infinidade de possibilidades.

Pessoalmente creio na ultima proposta, pois quando se tem muito a sua frente você pouco escolhe. Fica pensando em qual a melhor escolha, ou como aproveitar o melhor possível, e daí esquece de realmente aproveitar, logo perde a sua chance.
Vide aqueles que estudam, os alunos mais mediócres da sala de aula, depois que terminam a escola tendem a ter uma vida mais estável do que aquele que era o melhor aluno. Eles não tem que fazer muitas escolhas, apenas seguir um serviço simples, as vezes braçal ou não, e continuar naquilo e ficar bom naquilo até ir subindo de posição. Em comparação, aquele que era o melhor aluno em todas as matérias, ele tem tanta coisa a sua frente que não raro fica bestificado sem saber qual rumo tomar, se é psicologia, matemática, engenharia, arquitetura, medicina, turismo, letras, filosofia.
Imagine o caos que é uma mente assim, subdividida em dezenas de pequenas especialidades, apenas esperando para serem aprimoradas. Ainda mais se ele não souber diferenciar o que é diversão do que é para ser sério grandes dificuldades podem surgir.

Igualmente frustrado eu me sinto quando paro para refletir nos meus sonhos. São como uma grande folha em branco onde posso desenhar qualquer coisa, qualquer cenário e com qualquer pessoa, mas ainda assim minha mente se reserva a reproduzir pequenas rotinas e situações cotidianas, sem muita alegria e a enfase que eu esperava.
Pessoas que esperava ver, ou lugares que esperava visitar, por mais que eu os quisesse sempre acabo voltando as rotinas. O que no minimo é frustrante.
Não tinha que ser ali naquele pequeno universo dentro da minha mente, em suas poucas horas em que ele é livre de qualquer restrição o momento em que ele deveria se soltar por completo e mostrar todo o seu potencial? E tem gente que não acredita quando digo que não me sinto uma pessoa criativa. Se bem que eu também acredito no fato de que ser realista demais é um dos fatores de ser tao prejudicado assim nessas horas.
Não me permito uma fantasia, logo meu sub consciente não vai permitir criar algo absurdo que meu senso comum seria incapaz de aceitar. Ficaria muito na cara que é um sonho e por isso eu logo desacreditaria e acordaria.

Diria que é quase como se a realidade controlasse a fantasia, ou tentasse com todas as forças e a fantasia faz o mesmo tentando criar realidade em seu mundo e controlá-la. Uma briga de forças opostas

Which one is real?.... (*none of then*)

Que sina hein.... bom, continuar tentando, ainda tenho fé que conseguirei ver algumas pessoas e criar outras nessas minhas horas em que alcanço  a tangente da realidade.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Efeito Dominó


As vezes as coisas a nossa volta estão mais interligadas do que imaginamos. Tanto que se mover uma peça errada pode desconjuntar todo o sistema. Interessante que isso pode ser aplicado para muitas coisas, seja a nossa vida, a sociedade, os estudos, as rotinas, praticamente qualquer coisa de alguma forma se encaixa nesse sistema.

Maioria das vezes somos capazes de nos ver, mas não conseguimos ver os outros e como os afetamos. É o natural egoísta que cada um tem dentro de si, a força que o leva a pensar primeiro no próprio bem estar antes de pensar nos outros ou em um todo.
Um exemplo que pode ser dado sobre isso e de como vários são afetados é quando falamos sobre amizades, as que duram, as que acabam, as que esfriam. Quando duas pessoas se relacionam elas criam vínculos de alguma forma, laços que ajudam a moldar o caráter e personalidade em ambos os lados. Quando estamos falando de um grupo de amigos podemos dizer que é o mesmo, mas de forma amplificada.
Ainda assim acontecem os casos onde uma pessoa acaba afastando seus amigos por causa de sua personalidade, seja conscientemente ou inconscientemente. Se for um caso de amizade mutua, os dois perdem com isso, pois é comum aquele que se sente isolado reclamar, ficar triste e falar de ter o tal do sentimento de vazio, mas o que poucos vêem é que o mesmo acontece do outro lado.
Existe um problema, as vezes mesmo em uma situação assim nenhum dos dois lados se prontifica a mudar, e dai vem o efeito dominó, onde a partir de um ponto  tudo desmorona igualmente, mas em sentidos opostos. Ambos não se falam, ficam receosos de voltar, vêem de uma forma o ocorrido e acham que o problema pode ser consigo mesmo.

Algumas pessoas que conheci passaram exatamente por isso, dentre elas eu também já me vi em situação parecida. Engraçado como tudo as vezes não passa de um mal entendido e falta de iniciativa.
Deixar a coisa rolar pode ser bom, mas existem momentos em que é crucial fazer uma intervenção.

PS: ando tendo alucinações auditivas as vezes rsrsrs... devo estar começando a ficar louco, ou estou muito cansado mesmo rsrsrs

A Nausea

Um livro com conteúdo tão forte e profundo que poderia influenciar os mais fracos. Acho que foi mais ou menos assim que um professor apresentou "A Náusea" para a sala quando ele explicitamente não nos recomendou ler o livro.

Como um bom do contra eu busquei o livro na biblioteca na mesma semana e comecei a lê-lo... Segundo o professor o conteúdo ali descrito desencadeou uma onda de suicídios no período em que foi escrito. Esse tipo de reação em massa por algum motivo me fascina, então resolvi ler e entender o por que. Valeu a pena.

O livro é um romance existencialista, e uma coisa é certa, quando se pensa demais sobre existência conseguimos chegar a reflexões tão perturbadoras que não seria de se admirar que muitas pessoas tenham se sentido depressivas e pensado em suicídio por causa do conteúdo.
Humanidade vive, mas todos sabemos, alguns mais do que outros, que não é uma vida satisfatória essa. As vezes até mesmo nossa presença individual é que é o problema, e assim como o livro descreve, é repugnante.

Não pretendo fazer um review do livro aqui, melhor deixar para os mais curiosos buscarem, pois é uma obra que apesar de tudo vale a pena ser lida.

Em minha leitura e busca do por que do professor ter feito tanto alarde em volta da temática e história do livro eu entendi o que ele quis dizer. Quando você tem uma história de um protagonista que tem aversão a pessoas e que sofre de traumas passados e excentricidades facilmente pode-se ver o negativismo que isso iria gerar.
No livro o protagonista tem uma sensação ruim, que é o que ele descreve como sendo A náusea, e sempre aparece quando ele pensa sobre as pessoas. O ponto mais critico do livro e que creio que seja aquele que deve ter levado muitos ao suicídio é uma descrição feita das pessoas e sua existência em uma espécie de devaneio entorpecido do protagonista no meio do livro.
Foi a descrição mais intrigante que já li, e confesso que realmente te deixa com uma sensação ruim ao meditar a respeito.



Encontrei o trecho em questão num documentario no youtube. Apesar de que concordo com o comentário do video, é uma versão diferente da que eu li no livro, na tradução que tinha em mãos, que era mais pesada e impactante.

PS: Ultimamente não ando no meu melhor estado de espirito para escrever, acho que os posts serão meio entrecortados...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Confuso sim... mas talvez valha a pena escrever

As vezes crescemos com uma ideia na mente, um ideal que nos guia e nos dá sonhos. Quando se é jovem tudo é mais facil e sonhar é uma coisa permitida e até mesmo exageradamente explorada.
Pode soar pessimista, mas nem todos se dão o luxo de se manter nas fantasias assim por tanto tempo, e quando o fazem escolhem um caminho não muito facil de ser aceito pelas outras pessoas "normais".

Nesse sentido é tudo uma questao de referencial. O que é normal e aceitavel? pode nao ser o mesmo para outra pessoa do outro lado do mundo, ou ate mesmo para seu vizinho, ainda assim o ser humano se sente impelido a rotular as coisas. Bom, Mal, Saudavel, Elogiavel, Deploravel.... Todo um conceito criado em torno de ideias relativamente aceitas pela maioria.

Voltando a falar sobre os sonhos...
Quando nao se deixa viver acreditando na fantasia, aparentemente perdemos algo que deve ser muito valioso para aquele que continua no mundo de faz-de-conta. Dizem que se perde a alegria, mas eu acho que eu diria mais: 

Não perdemos a alegria, apenas desenvolvemos igualmente ou melhor as outras qualidades. (*ou é nisso que queremos acreditar piamente*)

É uma pena que nao se pode viver completamente por conta. Maldita essa necessidade humana de viver em sociedade e interagir com outros para poder se sentir bem. Se você nao o faz alem de ser mal visto pelos outros ainda vai ter que aguentar você mesmo te importunando com as carencias e sentimentos frustrantes.

...
...
...


Hehe, to sentindo que nao to fazendo muito sentido... tudo bem, eu já esperava por isso.
Considere minha mente perturbada apenas um pouco mais emaranhada que o normal.

Melhor terminar por aqui.

PS: Por algum motivo me lembrei do livro "A Nausea" livro que nao recomendo para muita gente rsrsrs só para os fortes =P (Já causou uma onda de suicidios no ano que foi escrito)

domingo, 1 de abril de 2012

Encara tentar entrar na minha mente?

Devo ter alguma coisa doentia dentro de mim, ou pelo menos muito quebrada rsrsrs.

Estava pensando sobre as musicas que gosto e procurando coisas novas sobre um compositor e DJ que tem uns trabalhos que me tocam e comecei a pensar sobre isso. Vasculhando pelas minhas playlists encontrei essa musica:


Se fosse definir: Um conjunto de sons caóticos formando algo que em tese deveria ser uma musica mas que ao final parece mais um grito agonizante da maquina se rebelando contra o criador e se debatendo e ricocheteando sem sucesso na tentativa de escapar produzindo um som disforme.

Muitos iriam pensar assim, mas para mim não '-' é uma musica muito bonita e mesmo que pareça caotica eu consigo achar sentido no caos. As batidas meio que se encaixam e apesar de parecer um grande grito de dor, para mim é reconfortante e ajuda a pensar e organizar melhor as ideias na mente.

O que leva alguem a achar um instrumental experimental desses interessante e algo que lhe dá sentido na vida e consegue expressar sua personalidade por completo? Teria de ser um louco psicopata no minimo com problemas psicológicos e de personalidade (*tudo bem, nao precisa exagerar tanto assim, mas sou mais ou menos isso mesmo*)

Mas já que estou aqui com as musicas que gosto, e já coloquei Kashiwa Daisuke aqui no post, vou mencionar outra que ouvi hoje a gostei muito



Ainda não é minha musica favorita dele, pois a que mais gosto tem um sentimento maior. Mas é boa e de se fazer pensar com seu jeito suave. Ainda assim, mesmo sabendo como é a musica, é dificil definir o que ela representa e como me afeta. É boa, saber disso é suficiente.

Musica é isso: ouvir e ficar sem palavras, sentir e entender sem necessariamente precisar fazer algum sentido.

Primeiro de Abril

Hoje é mais um dia como qualquer outro, o sol vai nascer e vai se por do mesmo jeito, mas as pessoas tem essa necessidade de colocar significados em algumas datas, as vezes até significados simplórios demais e sem sentido.

Pois bem, poderiam fazer do dia de hoje uma excessão, já que todos os outros 364 dias do ano as pessoas mentem naturalmente sobre suas idades, estados físicos e emocionais, para onde estão indo e com quem estão indo, o que estão fazendo, qualidades, capacitação, experiências, intenções e um monte de outras coisas. Hoje poderia ser o dia da verdade, o dia em que excepcionalmente hoje você será sincero e não mentirá

just saying...

sábado, 31 de março de 2012

FriendZone

Estava conversando com uma amiga outro dia e me veio a mente sobre a situação de você se declarar para outra pessoa e ser rejeitado. É meio duro receber esse tipo de noticia, para os dois lados.

Mas diante das ideias me veio uma situação especifica que me levou a pensar mais longe. E quando a pessoa para quem você se declarou diz "mas vamos continuar amigos, assim é melhor" ou qualquer coisa do tipo?
Por que parece que é pior?

Acho que é por que você se dá conta da possibilidade de ter cometido o maior erro possível se sua intenção era gostar daquela pessoa. Você pensou em se aproximar e virar um amigo, mas não soube dosar a amizade até que chega no ponto que a amizade de vocês é muito forte, mas seria estranho demais passar desse nível.

Caro ser apaixonado que sofre dessas questões, se lhe serve de consolo: Relaxe, pode ser que a pessoa não tinha interesse nenhum de entrar em um relacionamento muito antes de você chegar o/

Fellings ???

Existem muitas emoções que as pessoas são capazes de demonstrar, mas falar de todas é muito cansativo.

Estava pensando sobre isso nesses dias. Se tem uma emoção (*nem sei se dá para classificar como emoção*) que me fascina muito é a Satisfação.

As vezes é só por um momento, mas vc se sente bem.
Apesar de satisfação estar mais para um sentimento do que uma emoção, eu acho interessante, diria até bonito de se observar.
Muitas vezes relacionada com felicidade, momentânea ou duradoura, a satisfação parece ser uma daquelas coisas que todo mundo procura, a maioria passa direto quando encontra, e os que acham tentam entender sendo que apenas uns poucos a entenderam e poderão aproveitar por completo. Ainda assim parece que vale a pena de se correr atrás.
Tem quem relacione com prazer também, o que é valido. Acho que pode ser dividido em estados, como fisicamente ou apenas como um estado de espírito. Mas falar de prazer me lembra que tem muita gente que só relaciona ao prazer sexual ~_~ Muita gente não sabe definir bem as coisas. Prazer pode ser uma extrema sensação boa que se sente por motivo de alguma atividade, mas não precisa ser necessariamente físico.

Acho que a verdadeira sensação de satisfação, felicidade ou prazer, seja lá como você chama, é aquele momento em que você esta fazendo algo muito bom, mas o suficiente para você acreditar por um instante que poderá continuar sorrindo e rindo por mais uns 3 ou 4 anos seguidos sem parar. Quando você se sente livre e sem travas para se expressar, e sente vontade de rir, mas as vezes nem sequer sabe o motivo.





Vi duas cenas que me levaram a escrever sobre o tema:

A primeira foi quando voltava para casa ontem, depois das 23h dentro de uma lotação. O motorista estava com um rádio portátil ligado, tocando uma musica que parecia ser algo do Pussy cat dolls, mas uma das mais antigas uma baladinha de ritmo suave. Paguei a passagem e me sentei ao fundo e comecei a observar o motorista que alegremente cantava junto com a musica afinando a voz e com seu companheiro cobrador do lado dando risada junto. Não importava quem subia a cada ponto, ele estava feliz e cantando enquanto dirigia a noite em sua ultima viagem do dia. Chegou em dado momento a falar alto "Essa música mudou a minha vida!" e eu nesse momento tive a ideia de escrever sobre o tema, por que felicidade alheia de certa forma contagia e me senti bem para dar umas risadas.

A segunda cena foi enquanto andava com meu pai o ajudando em seu trabalho hoje, quando paramos em uma casa de uma cliente para fazer uma entrega. Enquanto ele conversava com a cliente eu comecei a observar duas crianças, uma delas até mal vestida, mas para crianças não existe esse tipo de diferenças. Eles pareciam grandes amigos, sempre rindo. De repente um deles puxou uma mexerica de uma sacola e ficou mostrando ela, deu menos de um minuto e estavam os dois comendo e começaram uma guerra de gomo de mexerica um tentando acertar o outro. Sem maldade, sem violência (*talvez um pouco rsrsrs*) apenas duas crianças brincando felizes vendo quem consegue acertar e quem consegue desviar melhor, rindo descontroladamente por algo que a olhos adultos é uma brincadeira sem sentido e boba demais. Não importa o que os outros iriam dizer, se era bobo demais, se estavam sujando a rua, ou o que quer q fosse, estavam se divertindo e isso apenas bastava.


Sei que tá um post muito positivo, quem me conhece de verdade talvez até diga que nem parece eu escrevendo, mas talvez isso seja bom. Que seja, não espere muitos posts gay como esse, deixar o Delta falar resulta nessas coisas, mas como o endereço do blog sugere isso aqui nao é do DeltaBill e sim de Evans Hauss u_ú

quinta-feira, 29 de março de 2012

IT'S A TRAP!!!

Queria escrever sobre o mangá que terminei de ler hoje, mas vou deixar para amanha ou depois, hoje não tenho tanto tempo disponível, amanha tenho prova, e ainda nem separei todo o material que queria para fazer o post.

Vamos mencionar só umas coisas básicas.


Tá vendo isso aki?
É um ônibus rodoviario. Se você precisa ir para um lugar muito longe, entao voce vai até uma rodoviaria e compra uma passagem de um desses para te levar ate a cidade que precisa ir.

Mas se por acaso a sua companhia de transporte publico tem um desses para viagens intermunicipais, tem algo que eu preciso te dizer:
"IT'S A TRAP!!!!"
Se chegar a entrar em um desses, tome muito cuidado, pois tudo nele foi desenvolvido com o intuito de te fazer dormir caso consiga ir sentado. Desde o acolchoado um pouco melhor, ao fato das cadeiras serem reclinaveis xP o que convenhamos, é um luxo para quem anda de transporte publico.

Hoje resolvi ir de ônibus, como já nao fazia a muito tempo, queria descansar um pouco mais. Resultado: Acabei passando do meu ponto =_=

Fui acordar na estaçao Julio Prestes e tive que descer de frente de uma cracolândia para fazer todo meu caminho de volta até a bendita unica aula que tinha que assistir na faculdade (*que esforçado hein rsrsrs*)


Outra coisa que tenho que comentar:
Já está na hora de cortar o cabelo!

Quem sabe se eu colocar aqui eu consigo lembrar ¬¬
E quem sabe também se eu cortar o cabelo esses caras que tentam me assaltar não param com essa frescura. Hoje (assim como ontem) veio alguem me parar para pedir dinheiro (Vulgo analisar sua reaçao para te assaltar em seguida). Mas assim como já disse hoje na BatMesa: "Eu me decidi! Não vou mais ser assaltado por mendigos!!"

hehe... desculpe pessoal que quer dinheiro para se drogar, eu não posso ajudar vocês. Vivo sem grana, e se eu tenho que trabalhar para ganhar meu dinheiro e comprar minhas drogas licitas, por que vocês podem ter na mão o dinheiro sem esforço nenhum, só pedindo, para suas drogas ilícitas? u_ú (*Momento boça: P*** mundo injusto meu!*)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Scenarios...

Nem tudo é tão ruim, eu que sou dramático mesmo rsrsrs.
As vezes vejo coisas interessantes, coisas únicas que te fazem pensar. Paisagens que marcam o dia e te faz sentir aquela sensação de felicidade e satisfação sem motivo com a vida.

coisas como esse tipo de nascer de sol... já tem uns 10 meses desde o ultimo desses que vi u_u


Dias assim me fazem pensar seriamente, me sentir bem e colocar uma trilha sonora =P



Teve um período que eu só conhecia a paisagem do meu bairro a noite, era engraçado... sempre achava que era um bairro das trevas =P as luzes amareladas, as pessoas sem expressão, cansadas e indo compulsóriamente aos grupos para os pontos de onibus de manhã e voltando desanimadamente para suas casas a noite. sendo engolidos e cuspidos por aquele grande monstro azul de quatro rodas que nunca parava de vir e ir.

Parecia por uns instantes que apenas no meio da cidade grande é que existia civilizaçao e por isso todos viajavam para lá durante as madrugadas eternas do bairro xP

Sim sim, é uma explicaçao estranha, mas imaginar coisas é legal também.

Recentemente teve uma imagem que me chamou atenção, nunca tinha parado assim para reparar daquele angulo o quão alto são os prédios no centro da cidade, e como ali naquele envolto de carros, poluiçao e gente mal encarada, tambem existe um céu azul.


Estava saindo do metro quando me dei com essa imagem, mas no primeiro dia estava um céu azul mais convidativo rsrsrs...

ultimamente anda meio nublado na cidade =_= medo de que venha os dias de chuva... tudo fica mais chato

mas gostei de ver os prédios daquele angulo, pareciam mais altos e que iriam te engolir rsrsrs

Bom... muitas coisas para ver, muitas coisas para comentar, mas ainda assim é a paisagem passageira do dia a dia. Gosto de tudo isso ^^ apesar de tudo de ruim que vejo a fora, sempre tem momentos que fazem valer a pena.... (*ou isso é o que quero te fazer acreditar*)

Cotidiano...

Somos seres adaptáveis, é interessante observar isso.

Pessoas vivem as diversas experiências todos os dias, aprendem a lidar com elas, criam padrões e rotinas em torno disso e passam a viver com tudo aquilo como se fosse normal, até chegar no ponto em que ele já não percebe.

Recentemente eu vim percebendo essas coisas, observando as pessoas nas ruas discretamente sem que elas me percebessem. Fico fascinado ao ver as diversas reações e ao perceber coisas que pra mim já se tornaram normais, mas que não tinha reparado antes.

Coisas como o prostíbulo disfarçado de casa de shows que passo de frente todos os dias (*carinhosamente chamamos de "inferninho" rsrsrs*), é engraçado como ele não tem movimento nas segundas feiras, dia que (pelo menos na minha mente) deveria ser o mais movimentado, com os casais vindo das baladas de fim de semana se extendendo até a madrugada de segunda. Mas apesar disso, nas quarta-feiras é o dia que mais vejo pessoas saindo dali, e pessoas de todos os tipos, os bem vestidos, os com carros de luxo, os mais humildes e de roupas surradas de trabalho braçal, as prostitutas com cara de ser mais caras, as mais baratas, os travestis... Todos os tipos de pessoas.

Outra coisa que me chamou a atenção outro dia foi um garoto que vinha andando logo atrás de mim, junto com a mãe e o irmão mais novo, provavelmente voltando da escola. A alegria que o garoto tinha na voz ao descrever como seu amiguinho de sala sofria durante as aulas era indescritível. O mais hilário é a forma como terminou o dialogo, foi mais ou menos assim:

- Daí eu zuei com o garoto o dia todo, e ficamos batendo nele.
- Sério filho!? Que ruim.
- Que nada, foi muito engraçado, isso se chama Bullying.
- ...

As vezes achamos que estamos criando anjinhos, mas eles se transformam, rsrsrs... A mãe deve ter ficado uns minutos se perguntando onde errou. Coitado da criança, acabava de confessar que tem um mal caráter e nem sabia disso, realmente uma criança relativamente inocente.

Muita coisa para citar hoje. Americanos vindo de uma balada e gritando pelas ruas a plenos pulmões as 6 da manhã; mendigos tentando te assaltar na tentativa desesperada de conseguir um dinheiro para se drogar; caras fechadas em todos os metros e ônibus; um grupo de travestis fazendo seu trabalho; uma garota gorda escolhendo o que comer diante de uma vitrine em uma padaria provavelmente preparando para sacar o cartão de credito do pai; uma outra que passa despreocupadamente falando no celular com alguem, provavelmente o namorado, sendo alvo fácil de qualquer um com más intenções; um acidente de carro; uma mulher desesperada resolve se suicidar; a chuva melancólica caindo pela cidade... Tudo isso, passo adiante, ignoro cada uma das situações, olho de cantos de olhos e sigo para meus destinos para finalmente chegar em casa, me acomodar por 3 minutos em meu sofá poder respirar e dizer "e lá se foi mais um dia..."

O que nos resta além de rir?
Sim! isso mesmo! RIR!
Como diria um grande herói do mundo de super-heróis mais realista que conheço que teve pouca chance de mostrar sua performance:
"It's all a joke! A Fucking joke!" - Comedian 
Esse cara entendia das coisas, o funcionamento do mundo, e por isso ele dava risada. Não queria ser o ultimo a rir, pois sabia que o último sempre se ferra.