terça-feira, 3 de abril de 2012

A Nausea

Um livro com conteúdo tão forte e profundo que poderia influenciar os mais fracos. Acho que foi mais ou menos assim que um professor apresentou "A Náusea" para a sala quando ele explicitamente não nos recomendou ler o livro.

Como um bom do contra eu busquei o livro na biblioteca na mesma semana e comecei a lê-lo... Segundo o professor o conteúdo ali descrito desencadeou uma onda de suicídios no período em que foi escrito. Esse tipo de reação em massa por algum motivo me fascina, então resolvi ler e entender o por que. Valeu a pena.

O livro é um romance existencialista, e uma coisa é certa, quando se pensa demais sobre existência conseguimos chegar a reflexões tão perturbadoras que não seria de se admirar que muitas pessoas tenham se sentido depressivas e pensado em suicídio por causa do conteúdo.
Humanidade vive, mas todos sabemos, alguns mais do que outros, que não é uma vida satisfatória essa. As vezes até mesmo nossa presença individual é que é o problema, e assim como o livro descreve, é repugnante.

Não pretendo fazer um review do livro aqui, melhor deixar para os mais curiosos buscarem, pois é uma obra que apesar de tudo vale a pena ser lida.

Em minha leitura e busca do por que do professor ter feito tanto alarde em volta da temática e história do livro eu entendi o que ele quis dizer. Quando você tem uma história de um protagonista que tem aversão a pessoas e que sofre de traumas passados e excentricidades facilmente pode-se ver o negativismo que isso iria gerar.
No livro o protagonista tem uma sensação ruim, que é o que ele descreve como sendo A náusea, e sempre aparece quando ele pensa sobre as pessoas. O ponto mais critico do livro e que creio que seja aquele que deve ter levado muitos ao suicídio é uma descrição feita das pessoas e sua existência em uma espécie de devaneio entorpecido do protagonista no meio do livro.
Foi a descrição mais intrigante que já li, e confesso que realmente te deixa com uma sensação ruim ao meditar a respeito.



Encontrei o trecho em questão num documentario no youtube. Apesar de que concordo com o comentário do video, é uma versão diferente da que eu li no livro, na tradução que tinha em mãos, que era mais pesada e impactante.

PS: Ultimamente não ando no meu melhor estado de espirito para escrever, acho que os posts serão meio entrecortados...

2 comentários:

  1. Bill, esse livro foi um "divisor de águas" na minha vida. No meu caso, foi indicação de uma professora da Universidade, mas com a orientação para "ler com cuidado". Não tive dificuldade alguma para entrar no universo do livro. Porém, depois que o li - por volta de 2004 -, nunca mais pude ser a mesma... Muita coisa mudou internamente, ou melhor, ganhou consciência e tomou forma. Sartre me ajudou a me entender um pouco. Eu piorei completamente... internos monólogos intermináveis. Eu tenho certeza de que nunca vou me conhecer por completo.
    Primeiro blog que vejo indicar este livro. Parabéns.

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    1. "Divisor de águas"
      puxa... essa expressão ficou na minha mente. Realmente é um divisor de águas, um marco e tanto. Meu professor tinha recomendado ler o livro com uma garrafa de vinho e um pote de sorvete do lado para anular o efeito depressivo xP kkkk

      No meu caso os internos monólogos intermináveis já existiam, eu apenas tomei maior consciência depois de ler o livro, na verdade muita coisa que vivencio me ajuda a aprimorar essa consciência das coisas.

      Mas foi um comentário inspirador xD
      resolvi reler o livro depois disso.
      Obrigado por ler Nana-san ^^ ainda tenho que comentar em umas coisas no seu blog, ainda to admirando as ideias em silêncio rsrsrs

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