terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Palavras... doces ou frias, são sempre palavras... não acredito mais nelas

As palavras que busco não estão presentes nos dicionários.
As palavras que preciso não se encontram nos lugares desejados.
Mas ainda assim necessito de palavras, as mesmas que cortam a alma e que curam feridas. Vindas da pessoa certa e no momento oportuno resolvem situações diversas.

Palavras como essas só trazem esperanças, mas são tão vazias quanto quaisquer outras.

Viver no desespero... É assim que eu sou, é assim que vivo. Dias claros vêm e vão, mas continua tudo no mesmo ciclo sem fim.
A expectativa adiada faz adoecer o coração. Não importa o quanto se esforce, nunca será suficiente e sempre deixará a decepção no ar por não ser o que se espera.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Silêncio

Andando sozinho, lugar familiar, mas algo parece fora do lugar e isso o perturba. 

Aquele que era o lugar onde mais estava acostumado agora neste instante parece estranho aos seus olhos, difícil de engolir. Ainda assim resolve caminhar, pois não é como se tivesse outro caminho para onde ir.

Então percebo o que está errado: O silêncio.
Existe silêncio, e isso é incomodo. Não era isso que queria ao ter saído de meu recinto, mas agora que estou aqui vejo como tudo parece mais silencioso do que deveria. Como todas as pessoas parecem perdidas e paradas no tempo, como nada a sua volta da a impressão de andar, mas ainda assim tudo continua sem interrupções.

Quando a cidade faz silêncio chega a ser constrangedor. É como se ela estivesse de certa forma zombando de você, sentindo dó de sua pobre desgraça. Algo tão grande, praticamente rindo de sua miséria e pequenez.
Quando a cidade faz silêncio é por que ela está de luto... De luto pela morte da sua alegria.


Achei que tinha voltado

Achei que tinha voltado... Ledo engano.

As teias ainda estão juntando aqui, mas acho que até que é bom, faz o ambiente ficar mais próximo do que deveria ser.

Será que ainda tenho um objetivo?

Quando não se é mais o mesmo muitas coisas você é capaz de se questionar, mas não muda seus medos e manias. Portanto ainda vou continuar precisando desse escape.
Só é estranho sentir que escrever não me dá mais tanto prazer quanto antes, o que dado aos conteúdos que posto pode ser uma coisa boa, afinal, nunca fui muito de escrever coisas prazerosas.

Quantos projetos já iniciei?
Faço a minima ideia... Mas sei quantos terminei pois é um numero fácil de lembrar e que nunca muda.

Tenho um problema em por fim nas coisas, até mesmo o fim num post simples como esse.
Bom, vejamos até onde vai mais essa vontade de escrever bizarrices.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sem rumo

Quando as ideias não fluem e a mente trava.
Quando tudo gira a sua volta, menos você mesmo.
Quando nem sequer usando o máximo de sua força consegue mover o minimo do ambiente a sua volta.

O sentimento de impotência e fraqueza, a sensação de que tudo é mais forte do que você e está apenas alheio sendo levado de um lado a outro como um toco no meio do mar.


Welcome back to zetsubou!

A mente humana nos leva a todos os lugares possíveis e imagináveis, mas é quando estamos em um ápice de uma sensação que a verdadeira psicodelía vem a tona. Antes disso nada tem valor suficiente para ser relatado, são apenas fatos do cotidiano misturados e batidos, sem querer nos dizer nada.

Sonhei hoje, mas não um sonho normal e sim um sonho que parece continuação de algo.
Muitas partes se perderam, mas andava por lugares que não me eram familiares a inicio, mas depois percebia que eram lugares da minha mente os quais idealizei mas nunca construi de verdade. É engraçado quando sua própria mente te aconselha, te ensina coisas malucas e no final tenta te matar.

Vale mencionar o momento com a garota lésbica e sua filha.
Hacker com a cara da professora que menos gosto andando em uma espécie de triciclo bizarro que não sei como funciona aparece a garota punk que por algum motivo sei que é lésbica e sentamos em uma mesa de algo que parece um daqueles cafés americanos e conversamos por um tempo sobre assuntos tecnicos de computação, o que não faz sentido nenhum, covenhamos.
Seguido disso, no momento de ir embora ganho uma aula sobre espadas e o conselho "Só não se torne um desses maníacos que pega uma dessas e sai matando todos a sua volta em um momento de estresse extremo". Aquilo me assustou por um instante, mas também me fez ficar pensativo.
Ao final do sonho peguei carona com elas, em um carro enquanto a garota andava em sua pseudo moto ao lado, fazendo caretas e gracinhas. Um rapaz passa ao lado da moto e passa uma cantada a garota lésbica, o que deixa a filha em fúria incontrolável e ela faz algo que ja tinha experienciado antes. Até aquele momento não tinha percebido, mas aquela garota, a filha, ja esteve em um sonho meu e terminou de forma parecida quando ela irresponsavelmente começa a cruzar e costurar a tudo e todos com o carro para tentar alcançar o sujeito que desrespeitou a mãe. Depois de quase atropelar rapaz perde o controle do carro e o bate de frente com um outro.
De alguma forma eu sai ileso, consegui pular fora do carro um pouco antes, sentindo o perigo que estava para vir. A adrenalina subiu e em poucos instantes minha visão ficou totalmente branca e eu com medo de ser atropelado por algum carro no meio da via.

Aparentemente é só mais um sonho louco, mas lembrei de experiências pessoais com isso, como o dia que fui atropelado e tudo que ja me perguntei e questionei. A minha mente me alerta que meu cíume me desgoverna e pode causar acidentes irreparáveis ou até o fim da vida de alguém ou algumas pessoas, não necessariamente o fim literal, mas o fim de alguma forma. E no fim sou aquele louco que não deve andar com uma espada na mão em meio as pessoas. Alguns vão tentar aconselhar, mas não tem muito que se possa fazer.

No fim aceite a si mesmo, aceite que é esse quebrado que vê no espelho e tente fazer algo a respeito para mudar isso.

You're messed up like no one are. Keep away from people and never think that you can trust then... It's a trap, you're really messed up and no one can stand this.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

What did i do to deserve this?

The pigeon superstition

Inerte como uma estátua, estatelado ao chão com os olhos vazios a focar o nada. Frio como gelo e pálido como a neve. Lentamente começo a tomar consciência do mundo a minha volta, como se tudo fosse ganhando suas formas e focalizando na vista antes embasada.
Ainda zonzo não ouso me mover, e aos poucos começo a sentir o resto do corpo. Tudo ainda gira e a memória está levemente entorpecida, presa dentro de uma névoa que não permite discernir direito o passado ou distinguir a realidade do imaginário.

A medida que os nervos e terminações vão se ativando pequenos espasmos percorrem meu corpo, uma leve e doce dor sobe pela minha coluna. Os olhos ainda presos ao nada tentam enxergar, mas sem sucesso. Sem forças para me mexer sinto um peso sob os ombros que vagarosamente vai se desmanchando, não dói, apenas é suave demais, quase saboroso, e por isso mesmo estranho.
Neste momento sou meu observador, como um transeunte que para para admirar uma mancha negra no chão. Me vejo, e do alto não pareço uma boa visão.
O ambiente escuro, as luzes a rodopiar, os ossos retorcidos, o corpo inerte... Se fosse capaz de olhar para o lado poderia ver a poça que se formava e já coagulava à minha volta. Mas sinto! Sinto tudo isso a minha volta como se observasse e como se vivenciasse. O fluir vagaroso e suave da vida em uma nascente vermelha, a dor forte e angustiante no peito contrastando as sensações. Me confundindo e esclarecendo ao mesmo tempo.

O peso diminui, a sensação de não sentir aumenta, quase como o estado anterior de inconsciência, mas agora com a certeza de que será definitivo.
Não sinto medo. Sinto prazer! Chegando e indo, animando como nunca antes tinha sentido me animar. Se o coração pudesse estaria disparado de excitação no momento, pois uma sensação nova despertava e novos olhos viam as coisas, mesmo que os olhos reais não se movimentem.
Umas gramas a mais do peso se vai, e com isso a mente se abre um pouco mais. A sensação de falsa liberdade começa a tomar conta do corpo e logo o velho hábito se dispara:

"What did I do to deserve this?"

Não revoltado e nem insatisfeito... Apenas a sensação estranha de que o alívio está próximo e a perspectiva de viver sem dor o assusta mais do que a dor em si o angustia. Depois de tanta coisa saindo dos eixos o que teria feito para merecer tal recompensa?

Só um pensamento: What did i do to deserve this?



PS: Essencialmente egoísta.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pilares

Passamos a vida inteira buscando um objetivo e um rumo para nos guiarmos, mas no fim, o que encontramos?
Pilares da vida são construídos e destruídos com o passar dos anos, outros são remendados e reformados e alguns  ficam esquecidos para a eternidade do limbo das ideias.
Ainda assim não se encontra a resposta.

Quando crianças pensamos nas nossas obrigações e deveres, que temos uma prestação de contas, uma satisfação a dar para algum superior,  e essa ideia se reflete por toda a vida até chegar a idade adulta. Sempre existe um superior a quem devemos prestar contas. Quão solitário deve ser o lugar mais alto do trono das hierarquias. Onde ninguém o alcança e não tem para quem olhar para procurar, apenas muitos por quem zelar.

Chega o dia em que a criança percebe que não necessariamente precisa dar todas as satisfações de cada passo aos pais, que não precisa viver a vida pré estipulada em que ele é apenas o fantoche fazendo agrados e tomando decisões afim de ganhar aprovação e o orgulho de seus superiores imediatos. Nesse momento um novo mundo se abre, o que se apercebe que precisa agradar a si próprio e estar de bem consigo para estar de bem com outros.
Daí em diante as atitudes mudam, e os acostumados estranharão, bem como a oposição. Mas diante da dificuldade, como lidar? Qual o caminho certo?

Uma nova questão, um novo pilar. Cabê a cada um escolher e se decidir em como seguir adiante e arcar com as consequências que vierem, sejam elas quais forem, boas ou ruins.