quarta-feira, 23 de maio de 2012

Café


Hoje, depois de mais de 10 anos sem o fazer, tomei café.

Estranho como o momento glorioso de colocar a tal bebida turva e negra em minha boca se tornou melancólico e tedioso, acompanhado por um baque seco do relógio e o latido irritante do cachorro.
Como pode o momento de beber o tal liquido que me manteria acordado se tornar um momento tão desanimador? O gosto cerrado da bebida morna descendo pela garganta, se tornando um vazio triste e desolador que traz um amargo na boca e deixa a sensação de bebida velha e rejeitada nos lábios.

Aquele momento de reflexão, de olhar para a caneca e se sentar na cadeira contemplando o nada. E num momento para outro se acaba quando menos espera a cena descrita, você se apercebe que na verdade sua caneca já está vazia e a vida volta a andar como sempre foi.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Desnorteado


Ouvindo em loop. Apenas feche os olhos, não pense em nada, ouça cada nota ressoar desde o começo até o fim, uma interligando com a outra. Deveria lhe trazer sensação de paz, mas não hoje, apenas ouça e sinta. As variações tomaram conta da parte de dar um sentido, de te fazer reagir e se inteirar e incorporar à musica.
Sua vida pode estar descrita aqui, mesmo que sem palavra nenhuma. É possível quase que tocar o ar e as notas.
Então a musica acaba, e simplesmente não tem volta, a realidade bate a porta, e junto com o abrir dos olhos fica para trás, ofuscada, tudo que se passou. Uma vida, e ninguém notou.
A falta e vontade de compreender o que se passou é tanta que você não se detém e deixa novamente a musica tocar em loop infinito.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ciclos espelhados

Estava relendo "A Náusea" e apesar de já fazer tempo que li o determinado trecho que vou citar (e minha memória ser ruim o suficiente para não conseguir guardar as coisas por muito tempo) ainda me lembro claramente da passagem em que Antonie descreve seu horror de se olhar no espelho.

Me pego pensando nisso todos os dias, após o banho, nas passadas rápidas pelo banheiro, nos momentos de pentear o cabelo, na hora de escovar os dentes ou simplesmente quando me encontro perdido em ideias dentro do banheiro olhando para o espelho.
Já sentia isso a muito tempo antes de ler o livro, mas quando você vê um hábito seu ali escrito e extenuado em todas as palavras começa a perceber melhor quem você é e o quão banal e normal aparenta ser. Uma coisa que é tão normal e que tantas pessoas o fazem que foi até mesmo parar em um livro de algumas muitas décadas atrás.

Interessante como olhar no espelho me faz pensar, é como se estivesse olhando dentro de mim mesmo e nesse momento tudo clareasse, estivesse nu e cru, abertamente exposto aos meus olhos e livre de julgamentos, até mesmo dos meus, eu pudesse falar e analisar as reais situações.

Não deveria gostar tanto de coisas quebradas

No momento olho e o que vejo são os pequenos traços do tempo escorrendo pelas faces. Olhos cansados, boca ferida, pálpebras caídas, olhar sem vida, rosto marcado, cabelo se aguentando, mas provavelmente o único que ainda tem um resquício de força e não vai durar por muito tempo.
Se começo a pensar, sob o olhar daqueles óculos vejo o passado, e as vezes as expectativas de futuro.
A ideia resultante não foi das mais agradáveis, mas ainda assim é válida.

Pequenos ciclos... Tudo se forma em pequenos ciclos.
Fugimos disso o máximo que  gostaríamos, mas no fim das contas somos pegos de surpresa, eles ainda estão ali, tão incrustados na nossa alma que é impossível se livrar deles. Eles se repetem, as vezes em circunstancias e contextos diferentes, com formas diferentes, mas em essência é uma repetição.

As mãos tremem e o medo de uma coisa que não conhece lhe toma o corpo. Se tudo é um ciclo é melhor o manter assim? mesmo que no fim do ciclo você sempre se sinta mal? Pelo menos sabe por onde irá passar e o que virá, como tudo terminará. Tentar o desconhecido e se esforçar por isso é um passo em direção a mudança, mas as vezes até mesmo esse passo está previsto pelos seus ciclos e você rapidamente cai no imutável, agora com menos esperanças do que antes.
No fim, existem mudanças?

Agora os olhos castanhos, mas que mais parecem acinzentados pela falta de expressão me levam a um momento no futuro, um breve momento, uma palavra que despertou uma memória e uma expectativa não concretizada.
"No fim, nunca vi os tais óculos novos, nem consegui meus 15 minutos."
Sim... apenas uma ideia solta, não precisa de mais do que isso.
A placa no meu quarto irá entrar nesse contexto de ideia solta também. Tem duas frases escritas nela, na frente "Não sei por que abro a boca em casa. Me pergunto isso todos os dias." e atrás, escrito hoje, tem escrito "Vou acabar decepcionando mais e mais a todos e a mim mesmo."
Só não esperava a segunda frase se concretizar tão rápido, pelo menos na questão de me decepcionar. (*O que de fato é mentira, meu caro ser hipócrita e apenas bonito nas palavras que vive juntamente comigo. Desde o começo de qualquer coisa você sempre se imaginou se decepcionando, independente de quem seja, o que seja, onde seja, como seja. O seu senso "realista" sempre te faz pensar nisso e tentar se preparar... não consegue ver que é mais um de seus ciclos? até mesmo achar que está se surpreendendo e tomar esses choques de realidade vindos de si mesmo? Sua passividade e ingenuidade me fazem te menosprezar, se é que isso é possível*)

Fim do texto por motivos pessoais perturbadores. prefiro não transcrever o diálogo de uma pessoa que se segue. Um monólogo me prontificaria, mas não a expressão completa de insanidade. (*é fraco demais para admitir*)

Vazio

Quando o vazio toma forma e preenche os espaços antes ocos. Obviamente que não muda seu estado, mas um evento ocorreu. O cinza sob o branco, maculando e enegrecendo as juntas. Deformando e envelhecendo as paredes. Mofando e decompondo as visões. Tudo por um leve instante acontecendo e a grande maioria incapaz de perceber, de notar, ou de se deixar olhar. Ignoram pelo fato de ser muito rápido, de parecer insignificante e assim, instante a instante, continuam a se deixar morrer e sumir.

Evans Hauss

Achei que não mais escreveria sob essa alcunha. Pretendia não o fazer, não o deixar avançar e tomar lugar. Tem ideias boas, algumas extremamente engenhosas, mas em geral são todas podres e sem vida, revoltadas e cheias de cicatrizes. 
A falta de equilíbrio me perturba, e deixar uma mente que denota muita raiva e desprezo se expressar me deixa temeroso.
Ainda assim não nego o quanto ele pode ser importante e as ideias que me vem por meio deste que é parte de mim. Voltemos ao objetivo inicial do blog (*já não sei quantas vezes disse isso ou coisa semelhante*). Deixe as ideias extravasarem, as sensações transbordarem, por mais pitorescas, surreais ou perturbadoras que sejam.

"Hoje sinto que não quero dormir, apenas escrever... Me normalizar. Isso me renova."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vozes internas


A multiplicidade do ser é um campo da psicologia que me fascina a muito tempo. Sempre achei interessante e curioso a possibilidade de se poder contrariar a lei da física que diz que dois objetos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Mas imagine a possibilidade de dois seres diferentes, as vezes completamente opostos, ocupando um mesmo corpo e perturbando uma mesma mente.

Recentemente comecei a ouvir mais as vozes dentro da minha cabeça. Seus conselhos e frases entrecortadas em geral não fazem sentido nenhum, mas reparar nisso me levou a notar algumas outras coisas.

Quando com sono, minha mente fica muito mais vezes em estado automático do que o normal, e nesses momentos é que parece existir uma pequena guerra civil para saber quem domina o cérebro e os pensamentos. Quando menos espero me vejo com o lado racional derrotado e a mente perdida em devaneios pitorescos e algumas vezes degradantes e improváveis, ou simplesmente psicodélicos o suficiente para serem questionados e duvidados no primeiro instante, mas ainda assim não o são pois o líder atual institui que aquilo é normal e aceitável.

Existem vozes que falam comigo. Pode parecer esquizofrenia, mas não o creio. Em geral é aquela voz de auto-crítica que te ajuda nas decisões, te diz as coisas de acordo com seus conhecimentos e experiências passadas. Deve ser essa a chamada Consciência. Quando não é assim são um grupo, as vezes pequeno, as vezes grande, falando todos juntos em um discurso infindável e ininteligível. Se consigo me focar em uma unica voz logo entro em sua conversa e me lembro de coisas passadas, como se fosse um reflexo do passado sofrendo perturbação como quando se joga uma pedra na água e as ondas formadas distorcem o reflexo.
Certa vez estava lendo artigos aleatórios e lembro ter visto falar sobre esse tipo de teoria, de que dentro da nossa mente existem vários alter-egos, e um deles dominante e este é nossa própria pessoa, mas os outros vivem junto conosco e tentam usar os momentos de menos atenção da personalidade principal para tomar a dianteira. Sim, é uma ideia absurda, mas por que não viável? pelo menos nos leva a imaginar e meditar sobre o assunto.

As muitas letras possíveis que podemos desenvolver, devem dizer muito de nós. Pessoas podem ser completamente analisadas e mapeadas apenas por meio de uma redação. O que devo interpretar sobre as minhas três letras diferentes que uso?
Letra de mão em algumas situações, poucas e de humor específico.
Letra de forma maiúscula, todos os dias a partir do momento que piso os pés dentro de casa, como se minha mente e humor mudasse completamente de forma que apenas a forma rígida e mascarada sem expressar nada que apenas a letra maiúscula seria capaz de expressar.
Letra de forma minúscula com letras de mão incrustadas sutilmente ou inconscientemente. Uso isso na maior parte do tempo, como se esse fosse o meu eu verdadeiro, uma mistura de vários acontecimentos com o passar do tempo formando um conjunto todo costurado e torto, quase como um monstro de Frankenstein das letras e formas de escrever.

Muito poderia ser dito, muito também pode ser confundido com múltiplas personalidades, como por exemplo a bipolaridade, ou a simples indecisão e incoerência de uma pessoa.
Mentes fracas, pouco treinadas para lidar consigo mesmo acabam escapando as margens dessas linhas que separam a sanidade da loucura.
Me vejo a cada dia mais próximo dessa margem, como se o fato de me questionar tanto fizesse um mal mental. Ter tanta consciência pode ser uma benção mas também a chave das portas para uma maldição. Isso constantemente me leva a pensar se os loucos na verdade não são pessoas com a mente aberta demais ou que tem tanta consciência das coisas a sua volta que são anormais para os que não percebem. Pessoas que não tem com quem conversar, ninguém além de si mesmos capaz de entender, atadas às suas vozes internas e condenadas a serem julgadas por isso, incapazes de serem compreendidas ou evitando que o sejam para não infectarem outras pessoas com essa solidão.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Impasse

Tenho vontade de falar e de escrever, mas não sei direito o que. Não consigo me decidir.
Não que a indecisão seja algo novo e surpreendente, na verdade ela já faz parte do cotidiano de tal forma que passa despercebida e esquecida em muitas das vezes que penso e entro em conflitos duais. É algo que já não me assusta e diria que nem me fascina mais, apenas perturba. Como uma grande ruga negra que borbulha sob a pele jovem e clara, algo que não devia estar ali, mas que ainda assim está e não vai sair sem dificuldade e dor.

O impasse maior vem com a necessidade de uma conclusão. Iminentemente consegues ver que nada será alterado, que nenhuma decisão foi realmente estabelecida e que tudo continuará como era, o que traz um gosto amargo e um cheiro de repugna no ar.
INACEITÁVEL!
Ainda assim não se move em favor da mudança, mobilizar-se é muito mais custoso do que se deixar ser alvejado pela culpa e desarmonia.

Olhos penetrantes o cercam, continuam apenas a observar traspassando por completo seu objeto de ódio. Esperando um passo em falso, uma virada mal feita, um conflito impossível de se solucionar.
Assim se sentem bem, assim se satisfazem.

Pequenos devaneios pouco simplistas, isso é o que toma a minha mente em determinados momentos, e quando me vejo, já estou mergulhado profundamente neles sem esperanças de voltar a realidade inalterado e sem sequelas. Cada devaneio em que me vejo imerso, a cada tentativa de voltar a realidade é como um respirar profundo debaixo d'água, enchendo os pulmões de água e o corpo de dor, até o momento em que finalmente não conseguirás mais se debater e se aceitará flutuando no meio dessa densa "realidade".

Tudo causado por um impasse, uma decisão não tomada, uma incerteza e insegurança quanto ao que fazer. A cadeia de ideias que se ativam, a maré de possibilidades que o encobre e a multidão de dúvidas que lhe pisoteia. Um único gatilho as trouxe todas à vida e as ativou ao mesmo tempo.

Nada a se fazer, sentado daqui apenas observando o seu próprio eu sendo afligido, e ainda assim conscientemente tomar a decisão de se sentar a determinada distância apenas para observar. Que poderia fazer a favor? Provavelmente nada, pois se tenho frieza o suficiente para assistir um inglorioso momento e apenas o olhar como casualidade seria pior uma intervenção direta, apesar de correr o risco de as coisas se tornarem mais 'interessantes'.
Continua daí então, apenas vendo, meditando, sofrendo e se deliciando. Incapaz de decidir até mesmo como irá reagir e encarar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sonho... Perturbador .-.

Acordei com uma sensação ruim, parecia que minha cabeça tinha 2 metros de diâmetro e eu era uma espécie de JoãoBobo só esperando para ser socado, ir para trás e voltar com um grande sorriso inexpressivo no rosto.

Já que estava nessa, resolvi tirar os primeiros 30 minutos do meu dia para pensar nos meus sonhos, naquilo que estava se passando na minha mente.
Analisar os meus sonhos me fez ficar frustrado, ver o quanto estou me sentindo afetado e como até mesmo meu subconsciente é capaz de me culpar e jogar verdades na própria cara de sua personalidade alfa.

Dentre os que consegui lembrar tinha um de uma falsa alvorada. Minha tia estava em casa para fazer limpeza (*o que não faz o menor sentido, ela nunca trabalharia de diarista*) e meu irmão veio me entregar algo no quarto: Dinheiro e meu CPF.
Ele estava me entregando a mando da minha mãe. Estranho que o CPF estava quebrado, dobrado no meio, e logo me lembrei do momento que emprestei ele e vi minha mãe dobrando o cartão ao meio. Esse fato pequeno por algum motivo me deu muita raiva, além do normal, e fui tirar satisfação. Ela saia, estava fugindo de uma situação que tenha de conversar comigo, como sempre faz, e eu fui tomado de uma impaciência que me levou a pular pela janela do quarto afim de chegar antes dela no andar de baixo para tirar satisfação.
Ouvi uma frase que não fazia o menor sentido para justificar: "você me emprestou o cartão, e cartões não servem para isso? para dobrar e guardar?"
Minha resposta foi algo como: "Ah, se é assim vou pegar seus cartões de crédito e dobrar para ver se você vai gostar"

Agora que paro para pensar, foi uma cena típica. Uma discussão por uma coisa pequena em que os dois levam a sério demais. Com a diferença que estávamos sendo notados pela vizinhança inteira, ela na rua e eu por cima de um muro gritando um para o outro.
Desse primeiro pedaço do sonho eu percebi uma mensagem do meu subconsciente. Ele queria dizer que eu foco nas coisas erradas, me apego a pequenos detalhes que não tem a ver com a situação principal e fico direcionando meus sentimentos de forma errada. No sonho quando acordei estava frustrado da mesma forma que agora quando acordei realmente, a prova era hoje e não me senti preparado a ponto de não comparecer, mas minha reação foi direcionar essa frustração para ser descontada em uma situação pequena, fazer todos pagarem por isso mesmo sem entenderem, e agir como se estivesse descontando nos outros.
Muito egoísta, o caráter egocêntrico que percebo nessas palavras me enoja profundamente. (*em tese, esse texto inteiro me enoja profundamente, tudo girando apenas no "Eu"*)

Após umas ações sem sentido no sonho, eu me vi dentro do carro que minha mãe estava de saída. Algo parecido com uma minivan. Meu irmão iria com ela, minha mãe dirigindo e ele, por algum motivo, em algum dos bancos traseiros.
Em seguida veio uma situação estranha: senti vontade de não o deixar ir sozinho atrás, como se pensasse que estar sozinho fosse algo negativo, então entrei do outro lado e sentei em um dos assentos ao lado dele e como no facebook mandei um "like" para ele, como se dissesse "estou aqui, vamos lá, você não está sozinho".
Automaticamente, vendo que já tinha alguém atrás, ele passou para o banco dianteiro. E eu fiquei atrás, meio sem reação, pensando "quem vai dar 'like' para mim aqui atras sozinho?"

Se solidarizar e tentar fazer algo pelo próximo. Pode até ser uma atitude nobre, mas não parece ser uma atitude que se deva tomar. Acho que sonhei com isso por causa das decepções que passo quando estou em casa. Aprendi que não importa se o outro não está em boa situação, se mobilizar em favor dessa pessoa não fará a menor diferença e ele não se mobilizará a seu favor em recíproca, mesmo sendo sangue do seu sangue.
A sensação de "Estou sozinho fazendo algo inútil por alguém que não será nem sequer reconhecido" permeia evidentemente o ar, assim como no sonho.

A última parte do sonho era em viagem nesse carro, ainda na vizinhança, com o GPS ligado mostrando um lugar para ir. Tudo corre normal, o ponto final parece visível, mas quando entramos em determinada rua no meio do caminho, o GPS fica louco e começa a piscar vários pontos do mapa diferentes, como se estivesse perdido ou com interferência. Mas isso só acontece naquela rua.

Foi como se me dissesse "você tem um objetivo que demarcou, mas perde completamente o rumo e fica perdido, sob interferência externa, quando chega em determinado ponto"
O problema é que essa interferência em geral me impede de continuar.

Sinceramente pensei em não postar, não escrever, omitir uns 75% do que está escrito aqui. Mas daí perderia o propósito do blog, que é justamente atuar como terapia e escrever aquilo que me dá vontade de expor de alguma forma. Coisas que não seriam ditas em palavras faladas.
Mas acho que hoje não vou alcançar meu objetivo, pois continuo pesado como se tivesse os bolsos de um sobretudo cheio de pedras maciças me fazendo ficar parado em um único ponto sem conseguir sair do lugar.
Esperar e ver o que acontecerá e como desenrolará os fatos...