"Every living creature dies alone"
Acontece de uma forma tão natural a vida que mal a vemos passar, mal percebe-se os seus pequenos detalhes e pequenos milagres diários, e no fim todos lutam contra um inimigo em comum: O tempo.
Parar, pensar, refletir... Algo tão estranho e difícil. Poucos o fazem e aparentemente muitos estão certos por serem assim. Entender quem somos, o que somos e o que nos tornaremos não é a atitude mais saudável que existe.
Existem buscas em comum, mas ainda assim o ser humano é orgulhoso demais para aceitar isso e admitir.
No fim se está mesmo sozinho.
Não basta apenas viver sua vida inteira negando semelhanças, querendo ser único, diferente e especial. Tem-se também de no final se arrepender de todos os seus atos e querer que sua individualidade não o faça ficar sozinho.
Todas as outras oportunidades que teve para estar com outros jogou fora, e em seu ultimo momento em que é inevitável ficar sozinho é que deseja com todas as suas forças não ficar. O poder do medo esmaga, a sensação tênebra de que algo desconhecido e ruim está a frente leva a instabilidades.
Sem conclusões, sem considerações finais... A questão inconsciente continuará sempre pairando ao ar, o máximo que se pode fazer é apontá-la com o dedo, muito longe para ser alcançada ou analisada.
Mas tudo ficará bem, afinal é apenas mais um pequeno devaneio. Assim que a mente notar algo que chame a atenção e sair desse transe o foco irá mudar, e todas essas ideias vão desaparecer até o próximo momento que olhar para o céu.
O fim fica mais próximo a cada vez que pensamos nele.
Às vezes, chega mesmo a ser uma contradição: buscamos a divergência para que sendo diferente nos distanciemos dos demais; quando já estamos longe, parece que a distância nos incomoda... e a solidão nos faz querer retornar para um ponto de convergência com o outro. Mas é um ponto em que a quantidade é vital, pois se naquele lugar encontramos além do que precisamos, a inquietação retorna e desejamos nos isolar novamente.
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