segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pilares

Passamos a vida inteira buscando um objetivo e um rumo para nos guiarmos, mas no fim, o que encontramos?
Pilares da vida são construídos e destruídos com o passar dos anos, outros são remendados e reformados e alguns  ficam esquecidos para a eternidade do limbo das ideias.
Ainda assim não se encontra a resposta.

Quando crianças pensamos nas nossas obrigações e deveres, que temos uma prestação de contas, uma satisfação a dar para algum superior,  e essa ideia se reflete por toda a vida até chegar a idade adulta. Sempre existe um superior a quem devemos prestar contas. Quão solitário deve ser o lugar mais alto do trono das hierarquias. Onde ninguém o alcança e não tem para quem olhar para procurar, apenas muitos por quem zelar.

Chega o dia em que a criança percebe que não necessariamente precisa dar todas as satisfações de cada passo aos pais, que não precisa viver a vida pré estipulada em que ele é apenas o fantoche fazendo agrados e tomando decisões afim de ganhar aprovação e o orgulho de seus superiores imediatos. Nesse momento um novo mundo se abre, o que se apercebe que precisa agradar a si próprio e estar de bem consigo para estar de bem com outros.
Daí em diante as atitudes mudam, e os acostumados estranharão, bem como a oposição. Mas diante da dificuldade, como lidar? Qual o caminho certo?

Uma nova questão, um novo pilar. Cabê a cada um escolher e se decidir em como seguir adiante e arcar com as consequências que vierem, sejam elas quais forem, boas ou ruins.


Um comentário:

  1. Sei bem como é "essa vida" de construir e destruir pilares. A agonia de ter que refazer tudo. Eu me acostumei a ter que "prestar contas", a ser com os demais, mesmo estando sozinha... tanto que tem horas que me sento (como essa guria no fundo do blog) e fico a me perguntar: "quem eu sou? eu sou eu ou sou eu + o outro?" Acho que ninguém é 100% alguém. Sempre temos obrigações e deveres que não queremos cumprir. Acho que todos tentam, mas não conseguem ser realmente o que querem. Nós somos restos colados daquilo que os outros projetaram/projetam na gente.

    ResponderExcluir